VIOLÊNCIA

Pernambuco tem alta na violência, e mortes no Recife crescem mais de 70%

Os dados da Secretaria de Defesa Social alertam para o aumento das mortes violentas no estado; de janeiro a março, 989 vidas foram perdidas

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Fernanda Cysneiros

Publicado em 07/04/2024 às 16:24 | Atualizado em 07/04/2024 às 16:30
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Novas estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS) revelam que a cidade do Recife teve março como o mês mais violento dos últimos 7 anos.

Ao todo, registrou-se um aumento de 73,9% nos assassinatos ocorridos na capital, com 80 mortes violentas. A título de comparação, em março de 2023, 46 pessoas foram assassinadas.

O número de 2024 só não é maior do que o registro de 2017, quando 96 vidas foram perdidas na Região Metropolitana.

O mesmo cenário de crescimento da violência é observado no resto do estado de Pernambuco, onde foram registradas 324 mortes. Este dado reflete um aumento de 6,57% nos casos, em comparação a março de 2023, que somou 304 mortes.

AUMENTO DA VIOLÊNCIA EM PERNAMBUCO

Grande parte dos assassinatos do período está relacionada à disputa de territórios entre facções rivais e ao tráfico de drogas. É o que avalia o jornalista e colunista Raphael Guerra, do JC.

Nos primeiros três meses de 2024, Pernambuco somou 989 mortes violentas intencionais - aumento de 9,16% em relação ao primeiro trimestre de 2023, período no qual 906 pessoas perderam a vida.

Na Região Metropolitana do Recife, 168 pessoas foram assassinadas de janeiro a março deste ano. Tal registro alerta para um crescimento de 30,23% quando analisado junto ao mesmo período de 2023 - com 129 assassinatos.

Nas estatísticas de mortes violentas intencionais, incluem-se homicídios, feminicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), lesões corporais seguidas de morte e óbitos decorrentes de intervenção policial, de acordo com as definições da SDS.

JUNTOS PELA SEGURANÇA

A meta do Juntos pela Segurança, programa anunciado pela governadora Raquel Lyra em novembro de 2023, segue distante de ser alcançada em Pernambuco.

O atual programa de segurança prevê uma redução de 30% nas mortes até o final de 2026 (tendo como base o resultado de 2022).

A métrica é diferente da adotada pelo Pacto pela Vida, que estebelecia uma redução anual de 12% nos assassinatos no estado.

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