Torsilax Bula

Torsilax: veja a bula do remédio e entenda como ele funciona

O Torsilax é indicado para o tratamento de algumas doenças que afetam as articulações, músculos e esqueleto; Seu princípio ativo é carisoprodol, diclofenaco sódico, paracetamol e cafeína

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Cadastrado por

Leonam Souza

Publicado em 11/04/2024 às 16:12
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Torsilax é um medicamento usado no tratamento de reumatismo – doenças que afetam as articulações, músculos e esqueleto, causando dor, restrição de movimento e eventualmente, inflamações.

No princípio ativo do remédio encontram-se carisoprodol, diclofenaco sódico, paracetamol e cafeína. Na sua composição há uma composição relaxante muscular, anti-inflamatória e analgésica.

Ele pode ser prescrito para casos como lombalgia, osteoartrite, artrite reumatoide, gota aguda, inflamação após traumas ou cirurgias, e como auxiliar em inflamações graves causadas por infecções.

Como o Torsilax funciona?

O Torsilax funciona através de seus componentes. O carisoprodol age como relaxante muscular, diminuindo indiretamente a tensão nos músculos esqueléticos.

A cafeína, por sua vez, é um estimulante do Sistema Nervoso Central, que funciona na promoção de um alerta mental e combate à sonolência causada pelo carisoprodol. Ela também tem propriedades analgésicas, que reduz a dor muscular.

O diclofenaco sódico e o paracetamol são anti-inflamatórios que atuam no combate à dor, febre e inchaço, trabalhando em conjunto para controlar esses sintomas.

Portanto, o Torsilax oferece um tratamento completo para problemas musculares e inflamatórios, para promover uma melhora no bem-estar geral.

Como usar o fármaco?

A dose diária mínima recomendada é de um comprimido a cada 12 horas, e a dose máxima de um comprimido a cada oito horas, que equivale a um máximo de três doses por dia.

Dessa forma, um médico deve ser consultado para o esclarecimento de dúvidas sobre o uso do medicamento e tempo de tratamento, que pode variar dependendo de cada caso clínico, idade do paciente e suas condições gerais.

De acordo com a bula do remédio, disponibilizada pela Neo Química, “sempre que possível, a duração do tratamento não deverá ultrapassar 10 dias”. Tratamentos mais longos requerem “observações especiais”.

O comprimido deve ser ingerido inteiro, ele não deve ser partido, aberto ou mastigado, e com auxílio de líquido. Além disso, não é recomendado interromper o tratamento sem o conhecimento do médico.

Cuidados a tomar no tratamento com o Torsilax?

O medicamento é um medicamento de uso controlado, vendido em farmácias e drogarias a partir da apresentação de receita médica. Alguns cuidados devem ser levados em consideração:

  • O Torsilax não é recomendado para crianças e adolescentes devido à falta de estudos sobre sua segurança e eficácia nessa faixa etária.
  • Pessoas com histórico de problemas gastrointestinais, como úlceras pépticas, dispepsia ou sangramento gastrintestinal, precisam ter cuidado ao usar o medicamento devido ao risco de reativação dessas condições.
  • Para o uso prolongado do remédio, é importante fazer exames de sangue e verificar a função hepática antes e regularmente após o seu uso.
  • Por conter diclofenaco, o uso prolongado do medicamento pode causar problemas gastrointestinais graves, como sangramento e perfuração do estômago ou intestinos, especialmente em idosos.
  • Pessoas com certas condições médicas, como pressão alta no cérebro, trauma no cérebro, enzima do fígado, não devem fazer uso do Torsilax.
  • O uso crônico, em altas doses do fármaco, pode causar dependência e síndrome de abstinência. Evite o uso simultâneo com álcool ou outras drogas que afetam o Sistema Nervoso Central.
  • O medicamento deve ser usado com precaução em pacientes com doença cardiovascular devido ao risco de eventos trombóticos, associados à presença de diclofenaco na composição.

Além desses alertas, é importante observar possíveis reações adversas. O carisoprodol, componente do Torsilax, pode dificultar o diagnóstico de problemas abdominais agudos e afetar a função do sistema biliar e pancreático.

Se ocorrerem reações alérgicas ou sintomas graves, como febre, sangramento nas fezes, e amarelamento ou coloração azulada da pele, suspenda imediatamente o uso do medicamento.

É recomendável que pacientes que estão fazendo uso do Torsilax evitem dirigir carros, motos e outros veículos, além de operar máquinas perigosas. Isso porque o carisoprodol pode interferir na capacidade de realizar essas atividades.

Cuidados para idosos, grávidas e pessoas com problemas pulmonares

Além da possibilidade de complicações gastrointestinais graves, idosos apresentam maior risco de depressão respiratória, e o remédio também pode afetar os rins desse grupo.

Devido a isso, pessoas acima de 60 anos devem ser acompanhadas com cautela durante o uso do Torsilax.

Já em grávidas, apesar de não terem sido observados efeitos teratogênicos nos estudos realizados, é desaconselhável o uso do remédio durante a gestação e amamentação.

Mulheres grávidas não devem fazer uso deste medicamento sem orientação médica ou de um cirurgião dentista. É essencial informar imediatamente um profissional em caso de suspeita de gravidez.

Em relação aos pacientes com doenças pulmonares obstrutivas ou restritivas, o fármaco deve ser administrado com cuidado, devido ao risco de depressão respiratória.

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Sensibilidade cruzada durante o uso do Torsilax

Há casos em que o diclofenaco apresenta reações cruzadas com o ácido acetilsalicílico. Pacientes que tiveram reações alérgicas graves ao ácido ou a outros anti-inflamatórios não hormonais, como ibuprofeno ou cetoprofeno, devem evitar o uso de Torsilax.

Isso se deve ao maior risco de desenvolver broncoespasmos, uma condição que dificulta a respiração.

É importante que esses pacientes nessas circunstâncias discutam com um profissional sobre alternativas de tratamento. A medida pode ajudar a prevenir complicações respiratórias graves.

Possíveis efeitos colaterais do medicamento

O Torsilax pode apresentar algumas reações adversas nos seus usuários. As reações são separadas por frequência da ocorrência.

Reações muito comuns (> 1/10):

É considerado muito comum o aumento das enzimas do fígado. Mas ele acontece em menos de 1 a cada 10 casos.

Reações comuns (> 1/100 e < 1/10):

Cefaleia, tontura, insônia, tremor, dor, hemorragia gastrintestinal, perfuração gastrintestinal, úlceras gastrintestinais, diarreia, indigestão, náusea, vômitos, constipação, flatulência, dor abdominal, pirose, retenção de fluidos corpóreos, edema, rash, prurido, edema facial, anemia, distúrbios da coagulação, broncoespasmo, rinite, zumbido, febre, doença viral.

Reações incomuns (> 1/1000 e < 1/100):

Hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, vertigem, sonolência, agitação, depressão, irritabilidade, ansiedade, alopécia, urticária, dermatite, eczema.

Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000):

Meningite asséptica, convulsões, pancreatite, hepatite fulminante, insuficiência hepática, depressão respiratória, pneumonia, perda auditiva, agranulocitose, anemia aplástica, anemia hemolítica, reações anafilactoides, dermatite esfoliativa, eritema multiforme, Síndrome Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica.

Reações observadas com frequência desconhecida

Efeitos cardiovasculares:

Arritmia cardíaca, vasodilatação periférica (altas doses), infarto do miocárdio, angina, aumento do risco de eventos cardiovasculares, redução da perfusão esplâncnica (em neonatos prematuros), palpitações, taquiarritmia, alargamento do complexo QRS do eletrocardiograma (doses moderadas a altas), hipotensão ortostática, síncope.

Efeitos dermatológicos:

Pustulose exantematosa generalizada aguda, dermatite de contato, dermatite liquenoide, dermatose bolhosa linear, necrose de pele, faceíte necrosante.

Efeitos metabólicos-endócrinos:

Acidose, hipoglicemia, hiperglicemia, distúrbios hidroeletrolíticos, redução de testosterona circulante, aumento da estrona, aumento das globulinas carreadoras de hormônios sexuais, rabdomiólise, aumento da perda de massa óssea, hipotermia.

Efeitos hepato e gastrintestinais:

Aumento da atividade motora do cólon, cirrose hepática, fibrose hepática, hepatotoxicidade, doença inflamatória intestinal, ulceração colônica, constrição dos diafragmas intestinais, perda proteica, esofagite, proctite, enterocolite pseudomembranosa, melena, icterícia.

Efeitos genitoreprodutivos:

Doença fibrocística das mamas, redução das taxas de concepção, aumento das taxas de gestações múltiplas.

Efeitos hematológicos:

Coagulação intravascular disseminada, meta-hemoglobinemia, porfiria aguda intermitente.

Efeitos infecciosos:

Sepse.

Efeitos imunológicos:

Anafilaxia, reação de sensibilidade cruzada (meprobamato), reação de hiperssensibilidade imune (quadriplegia, tontura, ataxia, diplopia, confusão mental, desorientação, edema angioneurótico e choque anafilático).

Efeitos musculoesqueléticos:

Dorsalgia crônica, paralisia muscular, fasciculações, destruição acetabular.

Efeitos neurológicos:

Aumento da vigília, hemorragia cerebral, síndrome de abstinência, redução da capacidade cognitiva), alucinações, psicose, drogadição (uso prolongado), amnésia, acidente vascular cerebral, encefalite, mioclonia, parestesia.

Efeitos oftalmológicos:

Retinopatia, infiltrado de córnea, visão borrada, conjuntivite.

Efeitos otorrinolaringológicos:

Alteração do timbre de voz.

Efeitos renais:

Insuficiência renal aguda, síndrome nefrótica, nefrotoxicidade, necrose papilar, cistite, disúria, hematúria, nefrite intersticial, oligúria, poliúria, proteinúria, angioedema.

Efeitos respiratórios:

Dispneia, hiperventilação, taquipneia, edema agudo de pulmões, pneumonite.

O médico deve ser informado caso haja a ocorrência de algum desses efeitos colaterais. Além disso, a empresa fabricante também pode ser informada através do serviço de atendimento.

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O que fazer quando esquecer de tomar o remédio na hora?

Caso você esqueça de tomar uma dose, tome o comprimido assim que lembrar. Entretanto, se estiver próximo do horário da próxima dose, pule a dose esquecida e aguarde até o momento habitual.

É veementemente contraindicado tomar duas doses ao mesmo tempo.

O que fazer caso aconteça a ingestão de uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?

Em caso de suspeita de intoxicação medicamentosa, causada pela superdosagem do Torsilax, procure imediatamente auxílio médico.

O paciente que tomar o remédio em grande quantidade, deve procurar rapidamente socorro médico e levar a embalagem ou bula do medicamento.

Para mais orientações, você pode ligar gratuitamente para 0800 722 6001.

Sinais de superdosagem

Sinais de um possível excesso do uso do medicamento incluem confusão, sonolência, batimentos cardíacos irregulares, falta de apetite, náuseas, vômitos, dor de estômago, pressão baixa e tremores.

Embora alguns desses efeitos sejam comuns e possam desaparecer com o tempo, é importante consultar um médico, especialmente se os sintomas persistirem.

Composição da pílula de Torsilax

Cafeína 30mg
Carisoprodol 125mg
Diclofenaco sódico 50mg
Paracetamol 300mg
Excipientes q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, povidona, corante amarelo FD&C n° 6, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio.

*Com informações da bula original do Torsilax disponibilizada pela Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A., BulasMed e Consulta Remédios.

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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