Horário do ato de Bolsonaro hoje (21/04): saiba a que horas acontece manifestação em Copacabana (RJ)
Veja horário do ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro hoje, 21/04, no Rio de Janeiro
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Uma manifestação organizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente investigado por uma suposta tentativa de golpe de Estado, acontece na manhã deste domingo (21), dia de Tiradentes, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito por Bolsonaro em um vídeo publicado em suas redes sociais no dia 6 de abril.
No vídeo, Bolsonaro falou sobre uma das principais questões ligadas ao seu processo: "Também discutimos a maior fake news da história do Brasil, que hoje gira em torno da minuta do golpe. Convido todos vocês, especialmente cariocas e fluminenses. Vamos lutar pela nossa democracia e nossa liberdade", afirmou.
Em contraste com sua convocação para a manifestação anterior, em São Paulo, no dia 25 de fevereiro, Bolsonaro não fez nenhum pedido para que seus apoiadores evitassem usar cartazes ofensivos a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na manifestação de São Paulo, ele afirmou ser vítima de perseguição e pediu anistia aos golpistas que participaram dos ataques à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro também negou qualquer envolvimento em uma tentativa de golpe após sua derrota nas eleições de 2022.
Horário do ato
O ato de hoje está marcado para as 10h. A organização espera que estejam presentes os governadores Claudio Castro (PL-RJ), Jorginho Mello (PL-SC) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Além deles, são esperados nove senadores e 60 deputados federais.
Bolsonaro sob investigações
Bolsonaro, juntamente com alguns generais das Forças Armadas e ex-ministros, está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de orquestrar um golpe de Estado. As investigações apontam que havia planos para anular o resultado das eleições de 2022.
Na última quinta-feira (18), a defesa de Bolsonaro, representada pelo partido Progressistas, apresentou um pedido ao STF para anular a Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF em fevereiro sob a ordem do ministro Alexandre de Moraes, para investigar a possível tentativa de golpe de Estado em 2022, envolvendo ex-assessores, militares e figuras do partido PL, como Valdemar Costa Neto.
Bolsonaro argumentou que a ideia de golpe envolve tanques nas ruas, armas e conspirações, algo que, segundo ele, não ocorreu no Brasil.
"É o Parlamento quem decide se o presidente pode ou não editar um decreto de estado de sítio. A decisão final é do Parlamento", afirmou Bolsonaro, alegando que a acusação de golpe está sendo exagerada ao se basear em dispositivos constitucionais cujo controle é do Parlamento.
As investigações da PF indicam que o partido de Bolsonaro, o PL, teria sido usado para financiar e organizar a suposta tentativa de golpe de Estado. A PF investiga 16 militares que teriam participado de três principais atividades:
1. Produção, divulgação e amplificação de notícias falsas sobre a segurança das eleições de 2022, incentivando a população a protestar em frente a quartéis militares.
2. Apoio logístico para manter atos em frente aos quartéis, inclusive mobilização, organização e financiamento para apoiar os manifestantes.
3. Um suposto "Núcleo de Inteligência Paralela", formado pelos militares Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid, para coletar informações que pudessem ajudar o então presidente a planejar o golpe.
Bolsonaro teria pressionado ministros do governo, durante uma reunião em 5 de julho de 2022, para espalharem desinformações e notícias falsas sobre a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, de acordo com as investigações.