Sintomas de cólera: 4 sinais e sintomas de alerta da doença
Primeiro caso da doença foi registrado em Salvador, Bahia, após 18 anos sem casos no Brasil.
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O Brasil registrou o primeiro caso de cólera após 18 anos. A informação foi dada pelo Ministério da Saúde em nota técnica publicada na última sexta-feira (19/04).
A doença foi confirmada em um homem de 60 anos, de Salvador, Bahia. O diagnóstico foi confirmado no mês de março, segundo informações da pasta.
Conforme o Ministério da Saúde, desde o último dia 10 de abril, ele não dissemina mais a doença - considerando o período de transmissibilidade da cólera. Também não foram confirmados outros casos.
"O documento enfatiza que se trata de um caso isolado, pois não foram identificados outros casos após a investigação epidemiológica realizada pelas equipes de saúde locais junto às pessoas que tiveram contato com o paciente", afirmou.
No entanto, o ministério ressalta que, "dado o cenário global de casos de cólera", é crucial que os profissionais de saúde estejam "atentos à situação epidemiológica da doença, à detecção de casos, à investigação epidemiológica e às medidas de prevenção e controle".
A nota técnica também destaca que o paciente não tinha histórico de viagem para países com registros confirmados de casos, o que o classifica como um caso autóctone, ou seja, resultado de transmissão local, e não importado.
No Brasil, os últimos registros desse tipo de caso ocorreram em 2005. Desde então, apenas diagnósticos importados foram confirmados no país.
O que é cólera?
A cólera é uma doença infecciosa aguda do intestino delgado causada pela bactéria Vibrio cholerae.
Caracteriza-se por sintomas graves de diarreia e desidratação, e pode levar a complicações sérias se não for tratada adequadamente.
Abaixo, abordaremos os sintomas da cólera, sua identificação e medidas preventivas.
Sintomas de cólera: 4 sinais de alerta da doença
Os sintomas da cólera geralmente aparecem de forma repentina e podem variar de leves a graves. Os mais comuns incluem:
- diarreia aquosa e abundante, que pode levar à desidratação rápida se não for tratada;
- A diarreia é frequentemente acompanhada por vômitos e cãibras abdominais intensas, podendo ocorrer também febre baixa.
A desidratação é uma das complicações mais preocupantes da cólera e pode se manifestar através de sintomas como sede extrema, boca seca, diminuição da produção de urina, pele enrugada, olhos afundados, fraqueza e tonturas.
Em casos graves, a desidratação pode levar ao choque hipovolêmico e até mesmo à morte se não for tratada prontamente.
Em 75% dos casos, no entanto, a doença é assintomática, e aqueles que desenvolvem sintomas geralmente os apresentam de forma leve ou moderada.
No entanto, de 10% a 20% dos casos de Cólera, podem evoluir para uma forma grave que, se não tratada, representa um risco de vida devido à desidratação.
Cólera transmissão
A transmissão da Cólera ocorre por via fecal-oral, ou seja, através de alimentos ou água contaminados, bem como de pessoa para pessoa, por meio do contato direto com fezes ou vômitos de um indivíduo infectado.
"Além disso, como o agente causador da cólera faz parte do ambiente aquático, pode se associar a mariscos (crustáceos e moluscos), peixes e algas, entre outros, possibilitando a transmissão da cólera se esses alimentos forem consumidos crus ou mal cozidos", afirma o ministério.
Prevenção da cólera
A prevenção da cólera baseia-se em medidas de higiene e saneamento adequadas. O consumo de água potável é essencial para evitar a contaminação pela bactéria causadora da doença.
Em áreas onde a cólera é endêmica, é importante ferver ou tratar a água antes de consumi-la, bem como evitar o consumo de alimentos crus ou malcozidos, especialmente frutos do mar e produtos lácteos.
Além disso, a lavagem das mãos com água e sabão é uma prática fundamental para prevenir a propagação da cólera e outras doenças infecciosas.
A desinfecção adequada de alimentos e utensílios de cozinha também ajuda a reduzir o risco de contaminação.
Vacina da cólera
A vacinação contra a cólera pode ser recomendada em determinadas situações, como em viagens para áreas endêmicas ou durante surtos epidêmicos.
Portanto, as doses não fazem parte do programa de imunização do Brasil.
Recentemente, por exemplo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) precisou revisar as estratégias de vacinação nos países afetados neste ano devido à escassez de doses disponíveis para atender todas as nações que enfrentam surtos de cólera, dado que a produção das vacinas é limitada.
No entanto, a vacinação não substitui as medidas de higiene e saneamento e deve ser combinada com outras estratégias de prevenção.
Com informações de O Globo
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