alepe

Romero Albuquerque explica voto contrário ao projeto das faixas salariais da PM: 'protesto'

Deputado estadual do União Brasil foi o único a votar contra o projeto apresentado pelo governo

Imagem do autor
Cadastrado por

Rodrigo Fernandes

Publicado em 08/05/2024 às 9:48 | Atualizado em 08/05/2024 às 9:53
Notícia

Clique aqui e escute a matéria

O deputado estadual Romero Albuquerque (União Brasil), único a votar contra o projeto que extingue as faixas salariais da Polícia Militar e Bombeiros de Pernambuco — aprovado na última terça-feira no plenário da Alepe —, explicou a motivação do seu voto.

"É um voto de protesto porque não posso acompanhar o que o governo do estado mandou para essa casa sem diálogo algum. Os policiais militares não podem ser prejudicados", disse Romero.

A matéria aprovada foi apresentada pelo governo do Estado em março e define que as faixas salariais da PM e Bombeiros serão extintas de forma escalonada até o ano de 2026. Caso o texto fosse derrubado, as faixas de remuneração seriam mantidas.

O projeto foi aprovado em segundo turno com 41 votos favoráveis, incluindo os de parlamentares de oposição à gestão estadual. Sete deputados estiveram ausentes.

"Comigo, não tem abraço a quem trabalha contra os trabalhadores. Lembre-se que o governo de Pernambuco trabalhou contra a segurança sempre que ouvir um policial reclamar da falta de valorização", escreveu Romero em uma rede social.

"Lembre-se que o governo de Pernambuco agiu contra os policiais quando os índices da insegurança estiverem lá em cima, batendo recordes negativos como o que saiu hoje no Jornal do Commercio, apontando o pior abril desde 2018 com 324 assassinatos", continuou o parlamentar.

"Não pude abrir mão da razão. Registrei meu voto de protesto em solidariedade a todo o estado de Pernambuco, aos agentes da Segurança Pública e seus familiares", finalizou Romero Albuquerque.

Votos contrários nas comissões

Romero fez oposição ao texto desde que ele foi apresentado pelo governo estadual, e deu voto contrário à pauta na comissão de Constituição, Legislação e Justiça, da qual faz parte.

Deputados como Romero, Alberto Feitosa (PL) e Joel da Harpa (PL) defendiam a antecipação do fim das faixas salariais, para que elas fossem acabadas de forma imediata, mas as emendas com esse teor não foram para frente nas comissões que trataram da pauta.

Um substitutivo da deputada Gleide Ângelo (PSB) que antecipava o fim das faixas salariais para 2025 chegou a ser aprovado na comissão de Segurança Pública e na CCLJ, mas foi derrubado na comissão de Finanças e não ganhou força no plenário.

Fim das faixas salariais

O projeto de lei apresentado pelo governo de Pernambuco prevê:

  • Extinção da faixa A em junho deste ano;
  • Extinção da faixa B em 2025;
  • Extinção das faixas C e D em junho de 2026, quando todos passarão a receber o valor da faixa E, que passará a ser a única em vigor a partir de então.

Segundo o governo estadual, no primeiro ano o impacto financeiro será de R$ 97,3 milhões. Já em 2025, será de R$ 293,4 milhões. Por fim, em 2026, será de R$ 610,4 milhões.

O projeto ainda prevê os aumentos salariais de 3,5% neste ano, 3,5% em 2025 e mais 3% em 2026.

Após aprovação na Alepe, o texto segue para sanção da governadora do Estado.

Tags

Autor