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Fim das faixas salariais da PM ainda gera debate na Alepe

Deputados trataram do tema na sessão da Assembleia Legislativa da última quarta-feira (8)

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 09/05/2024 às 10:47
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A aprovação do projeto que extingue as faixas salariais da Polícia Militar e Bombeiros até 2026 ainda segue dando pano para manga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A votação em plenário aconteceu na última terça-feira (7) e deu vitória ao governo do estado.

Na sessão da última quarta-feira (8), o deputado João Paulo (PT), que votou a favor do projeto do governo do estado e foi vaiado pelos policiais que acompanhavam a votação nas galerias, criticou as ofensas que recebeu durante a definição da pauta no plenário.

O petista disse estar acostumado a fazer oposição e receber críticas, mas questionou o modo com que foi tratado pelos opositores ao projeto, afirmando que a conduta desgasta o Parlamento.

"Nós, da bancada do PT, exigimos respeito. Vamos nos tratar com respeito, a sociedade exige de nós um compromisso político, discussões, pautas, enfrentamentos, debates acirrados, mas com decência”, defendeu.

Ele continuou dizendo que durante os sete anos de vigência das faixas salariais não houve questionamentos à divisão das remunerações. João Paulo ainda leu o nome de todos os deputados que, em 2017, votaram a favor da medida ou não estiveram presentes na reunião.

Ontem, em entrevista à Rádio Jornal, João Paulo havia afirmado a tentativa de mudar o projeto original seria "inconstitucional", pois existe a lei de responsabilidade fiscal.

"Se vendeu principalmente pelos deputados bolsonaristas e por parte do PSB a ilusão de que fosse aprovado [o substitutivo]. O que ocorreria se as emendas dando o fim das faixas agora fossem aprovadas? Iria se recorrer à Justiça, que iria dar ganho de causa a governadora e os policiais iam ficar sem nenhum tipo de reajuste esse ano", afirmou o petista.

Oposição criticou

Após o depoimento de João Paulo, foi a vez do deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) tocar no assunto. Ele leu na tribuna uma nota assinada pelas entidades representativas dos policiais e bombeiros militares de Pernambuco expressando insatisfação com a aprovação do projeto.

"A aprovação do projeto de lei demonstrou que ainda não existe, por parte do Governo Estadual, a sensibilidade de tratar de um tema tão relevante para o povo pernambucano. Os militares do Estado representam a linha forte que pode e tem colaborado para que o cidadão caminhe seguro. Entretanto, não receberam do Governo a valorização adequada”, discursou o parlamentar.

Em apartes, o deputado Waldemar Borges (PSB) repercutiu os números da violência em Pernambuco, enquanto o deputado Abimael Santos (PL) lamentou os valores do reajuste definido para os militares.

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