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Operação do MPPE, Polícia Civil e Sefaz cumpre mandados contra empresas acusadas de sonegação em Caruaru

Operação Centopeia: 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade

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Cadastrado por

Rodrigo Fernandes

Publicado em 10/05/2024 às 9:59 | Atualizado em 10/05/2024 às 10:49
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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (10), uma operação que visa reprimir empresas suspeitas de sonegar R$ 40 milhões em impostos em Caruaru.

A operação Centopeia teve apoio da Polícia Civil de Pernambuco e da Secretaria da Fazenda e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal de Caruaru.

A Justiça também determinou o sequestro de R$ 8,9 milhões em bens das pessoas investigadas.

As investigações do MPPE apontaram para um esquema de lavagem de dinheiro, ocultação do patrimônio angariado com a sonegação, uma série de fraudes nas empresas e uso de laranjas para ocultar os responsáveis pelos delitos.

De acordo com o coordenador do Gaeco, o promotor de Justiça Roberto Brayner, os mandados visaram localizar o patrimônio ocultado pela prática de lavagem de dinheiro. A equipe também apreendeu dispositivos eletrônicos que podem conter informações relevantes para as investigações.

A operação Centopeia foi comandada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de Pernambuco (CIRA), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosa do MPPE.

"A sonegação fiscal é um crime grave. Além de retirar recursos indispensáveis ao financiamento de serviços públicos essenciais, a exemplo da segurança pública, saúde e educação, o sonegador desorganiza o mercado e de forma desleal pode praticar preços mais baixos, com maior margem de ganhos, impondo desvantagem aos empreendedores cumpridores de suas obrigações", apontou a promotora Maria Carolina Jucá, responsável pelo Núcleo Integrado de Combate à Sonegação Fiscal do Gaeco/MPPE.

O nome da operação, Centopeia, segundo o MPPE, associa os muitos pés do animal às muitas empresas vinculadas à organização criminosa e ao fato de o bicho ser venenoso, "assim como a prática dos investigados, que contamina o mercado".

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