'Faria de novo': adolescente matou pais e irmã após ter celular confiscado, diz polícia
Crime aconteceu na última sexta (17), mas só foi descoberto nesta segunda após o jovem ligar para a PM confessando
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O adolescente suspeito de matar os pais adotivos e a irmã a tiros na noite da última sexta-feira (17), em São Paulo, contou a polícia que manteve sua rotina normal após cometer os crimes, chegando a ir para a academia e à padaria no dia seguinte ao episódio.
De acordo com o portal Metrópoles, ele confessou ter matado os pais após seus responsáveis terem confiscado seu celular e seu computador.
O jovem também contou aos agentes que não estava arrependido do crime e que se tivesse outra oportunidade, "faria novamente". As informações são do Metrópoles.
Como aconteceu o crime
O jovem teria usado uma arma Taurus 9mm para cometer o crime. O armamento pertencia ao pai dele, que era guarda municipal na cidade de Jundiaí, no interior do estado.
O desentendimento que teria motivado o crime aconteceu na quinta-feira (16), segundo o acusado. O jovem contou que foi chamado de "vagabundo" pelos seus responsáveis.
No dia seguinte, quando o pai chegou do trabalho, por volta das 13h, o adolescente pegou a arma e atirou na nuca do pai, que estava debruçado sobre a pia da cozinha.
Saindo do cômodo, ele se deparou com a irmã e disparou contra o rosto dela. Em depoimento, ele disse que o plano não envolvia ela, mas que precisou matá-la após ela perceber o som do tiro.
Por volta das 19h, a mãe dele chegou em casa e gritou ao ver o cadáver do marido. Foi quando o adolescente também atirou nas costas dela.
No dia seguinte, ele afirma ter dado uma facada nas costas do corpo da mãe, ainda motivado pela raiva do confisco do celular, segundo ele.
Confissão à polícia
O jovem telefonou para a polícia nesta segunda-feira, confessando o crime. O carro da mãe permaneceu estacionado na frente do imóvel até a manhã desta segunda-feira. Vizinhos contaram que não viram movimentação na casa desde a última sexta.
Na manhã desta segunda-feira, peritos da Polícia Técnico-Científica estavam no local. A Polícia Militar informou que os três corpos foram mantidos no imóvel nesses três dias. O jovem, inclusive, afirmou que almoçou ao lado do corpo do pai.
Ainda segundo o SBT News, o jovem teria resolvido confessar o crime por não suportar mais o cheiro dos cadáveres em decomposição.
Após a confissão, ele foi levado para o 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto), no bairro Jardim Cidade Pirituba, para ser ouvido. Depois do depoimento, ele foi levado para a Fundação Casa.
No depoimento, ele disse que já havia pensado em matar os pais anteriormente e que, se pudesse, “faria novamente”.