Saúde

Câncer de estômago: O sal pode aumentar os riscos da doença?

O Brasil consome, em média, quase o dobro do recomendado do tempero pela OMS

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Cadastrado por

Guilherme Gusmão

Publicado em 21/05/2024 às 15:28
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Um ingrediente que sempre está presente no prato dos brasileiros, temperando e agradando diferentes paladares, é o sal.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o país consome, em média, 9,3 gramas de sal por dia. Esse número representa quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 5 gramas.

Devido a esse alto consumo, vários questionamentos são levantados, entre eles: usar sal aumenta o risco de câncer de estômago?

Ao tentar responder a pergunta, um estudo, publicado no periódico Gastric Cancer, revelou que pessoas que adicionam sal à sua comida têm 40% mais chances de desenvolverem câncer no órgão do que aquelas que não usam o ingrediente em suas refeições.

Além disso, a pesquisa citou outros estudos que encontraram vínculos entre o alto consumo de sal e o câncer em países da Ásia, onde alimentos mais salgados são mais consumidos.

Índices do Brasil

O câncer de estômago é o 6º mais comum na população brasileira, segundo o Ministério da Saúde. Entre a estimativa para o triênio 2023-2025, o índice de 3,1% da doença perde apenas para os tumores de pele não melanoma, mama feminina, próstata, cólon/reto e pulmão.

Segundo o nutricionista Fabio Gomes, da Área de Alimentação, nutrição e câncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA), “o sal agride a mucosa do estômago, provocando uma resposta inflamatória exacerbada que pode transformar células saudáveis em células precursoras de câncer, desencadeando uma multiplicação desordenada”.

Para tentar reduzir a ingestão de sódio pelos brasileiros e minimizar os índices de incidência e mortalidade dessas doenças, o Ministério da Saúde já vem investindo em medidas para regulação do uso do ingrediente no país.

Excesso de sal no estômago

Em entrevista ao O Globo, o cirurgião geral e bariátrico da Clínica Gastro ABC, André Augusto Pinto, afirmou que cada vez mais médicos e nutricionistas orientam seus pacientes a diminuírem o consumo de sal.

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Ele informou que existem pressões para que a indústria alimentícia reduza o uso do tempero na produção de alimentos, principalmente naqueles que são ultraprocessados.

O médico explicou que grande parte dos especialistas acreditam que haja um processo inflamatório intenso na mucosa do órgão que, ao longo prazo, pode levar à multiplicação desordenada de células.

 

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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