chuvas no RS

Famílias fazem acampamentos em rodovias para vigiar suas casas no RS

Pessoas estão em acampamentos improvisados nas rodovias do Rio Grande do Sul para poderem vigiar suas casas dos saques de ladrões

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Cynara Maíra

Publicado em 23/05/2024 às 8:00 | Atualizado em 23/05/2024 às 10:01
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Famílias da Região Metropolitana de Porto Alegre improvisam acampamentos em barracas ou nos próprios carros nas rodovias após terem que deixar suas casas devido às enchentes.

A preocupação com saques nas áreas alagadas fez com que muitos buscassem refúgio próximo de suas residências.

Silvano Soares Fagundes, morador da Vila Santo André, relata que sua família e vizinhos montaram um acampamento na BR-116 após testemunharem saques na vizinhança.

ACAMPAMENTO DE DESABRIGADOS

Cerca de 40 pessoas estão no local, incluindo a esposa de Silvano e suas duas filhas, em uma comunidade de desabrigados. A situação se repete em outras áreas da região, onde quase 600 mil pessoas estão fora de suas casas.

Hariana Pereira, também da Vila Santo André, explica que sua família vive no momento em um furgão devido à impossibilidade de trabalhar na reciclagem. Ela mencionou a falta de apoio governamental e as condições precárias, apesar da ajuda voluntária que tem recebido.

Muitas famílias preferem permanecer nas ruas ao invés de ir para abrigos, onde há separação de pais e filhos. Cristina Sodré Linhares, outra moradora desabrigada, espera que o governo envie equipamentos para remover o entulho das enchentes.

Gilson Nunes Rosa e Claudia Rodrigues, do bairro Farrapos, decidiram montar uma barraca perto de sua casa para evitar a separação e proteger seu cachorro. Gilson lamenta a paralisação de seu trabalho com reciclagem por conta das chuvas no RS. 

Jorge Barcelos dos Santos, motorista de frete, viu seu caminhão ser danificado pela enchente e montou um acampamento próximo à sua casa alagada. Ele e sua esposa, Maria Elisa Rodrigues, estão esperando a água baixar para avaliar os danos e decidir os próximos passos.

A situação dos desabrigados em Porto Alegre destaca a necessidade de assistência governamental e de medidas de prevenção para evitar que tais eventos se repitam.

*Com informações da Agência Brasil

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