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Personal trainer é preso após afastar biquini de aluna em avaliação física

Homem foi preso após jovem denunciar que personal trainer passou a mão dentro de seu biquíni durante uma avaliação física

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Cynara Maíra

Publicado em 23/05/2024 às 8:57 | Atualizado em 23/05/2024 às 9:47
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Um personal trainer foi preso na terça-feira (21) suspeito de importunar sexualmente uma aluna durante uma avaliação física. O caso ocorreu no município de Caldas Novas, em Goiás. 

Bruno Fidelis, de 41 anos, tentou convencer a jovem de 22 anos a não o denunciar por meio de mensagens privadas para mulher.

A defesa do personal trainer apontou para o G1 que a Justiça permitiu a soltura de Bruno logo após a prisão. A liberação do homem ocorreu antes da audiência de custódia. 

Em mensagem no privado da jovem, o homem falou: "Se você tivesse dito 'não', eu não teria encostado em você. Achei que você estava correspondendo. Me enganei. Por favor, não comente com ninguém".

CASO DE IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

A mulher falou que a importunação sexual ocorreu na terça-feira, durante uma avaliação física, momento em que estava de biquíni para fazer medições e fotografias de seu corpo. 

Durante o processo, o homem teria acariciado os seios da jovem por baixo do biquíni. A mulher treinava com o personal há 40 dias. 

A defesa do homem relatou que Bruno está na profissão há mais de 5 anos e que atendeu mais de 100 alunos sem haver reclamações desse tipo.

O personal falou que apenas revisou as medições do corpo da jovem e que não teve intuito de tirar proveito, sendo apenas um mal-entendido da parte da vítima. 

Nas capturas de tela da conversa após o ocorrido, o homem fala que se enganou das intenções da jovem, enquanto ela afirma: "te paguei pra me treinar, não para passar a mão em mim". 

NOTA DA DEFESA DO PERSONAL

"Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira esclarecem que ainda estão tomando ciência das acusações arroladas nos autos de inquérito policial. Informam ainda que o personal exerce a profissão há mais de cinco anos, atendendo mais de 100 alunos neste período, pautando sempre pela ética, transparência e a busca do melhor resultado para os alunos.

Neste período, nunca obteve nenhuma reclamação de seus alunos, e, no curso das investigações, demonstrará a improcedência das acusações. Nesse compasso, a defesa buscará no curso do processo demonstrar que o investigado agiu sempre pela boa-fé e ética, cumprindo com o exercício da função que lhe foi confiado por seus alunos.

Sobre as conversas trocadas no dia do suposto fato, percebe-se pelo próprio teor que em momento algum houve conotação de ameaça, coação ou constrangimento, mas simplesmente um ato de buscar esclarecer os fatos mal entendidos.

A relação entre aluna e personal era amistosa, o que pode também ser percebido pelas mensagens enviadas e compartilhadas via redes sociais durante os treinos pela própria aluna.

Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira esclarecem que a Delegacia de Polícia Civil encaminhou ao judiciário as documentações e levantamentos apurados até o presente momento. Na ocasião, o juízo responsável pelo caso, ao analisar os documentos, deliberou da seguinte maneira:

'O autuado constituiu defensor, apresentou comprovante de endereço, possui ocupação lícita, não possui condenações transitadas em julgado.

Desse modo, não há motivos que justifiquem o decreto preventivo, com base nos pressupostos autorizadores (art. 312 do CPP). In casu, qualquer afirmação no sentido de que existem motivos para manter a prisão do autuado não passará de presunção de periculosidade, o que viola o ordenamento constitucional, mormente o princípio da inocência, vez que o autuado ainda não foi submetido a julgamento.'

Por fim, informamos que as informações levantadas são embrionárias e que qualquer julgamento neste momento ofende o princípio da presunção de inocência. Os fatos devem ser apurados sob o crivo do contraditório e ampla defesa em juízo."

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