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Ministério da Saúde e Inca lançam campanha contra o uso de cigarros eletrônicos

No Dia Mundial Sem Tabato, órgãos focam no combate e prevenção ao uso de cigarros eletrônicos, comum entre mais jovens

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Cynara Maíra

Publicado em 31/05/2024 às 9:22
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Na quarta-feira (29), o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) iniciaram uma campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos.

A iniciativa está alinhada com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta sobre os novos produtos de tabaco e as informações enganosas da indústria, que incentivam o início precoce do tabagismo.

O Ministério apresentou dados mostrando que crianças e adolescentes que utilizam cigarros eletrônicos têm pelo menos o dobro de chance de se tornarem fumantes no futuro.

A campanha, lançada em conjunto com o Dia Mundial Sem Tabaco 2024, celebrado nesta sexta-feira (31), foca na proteção das crianças contra a influência da indústria do tabaco.

Usando uma linguagem voltada para os jovens, a campanha busca promover mudanças de comportamento e proteger as novas gerações dos perigos do tabaco, alertando sobre as estratégias da indústria para atrair crianças e adolescentes.

Estatísticas

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019 revelou que 16,8% dos estudantes brasileiros entre 13 e 17 anos já experimentaram cigarros eletrônicos.

A experimentação é mais comum entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%). P

or regiões, o Centro-Oeste (23,7%), Sul (21,0%) e Sudeste (18,4%) apresentaram maiores índices, enquanto o Nordeste (10,8%) e o Norte (12,3%) ficaram abaixo da média nacional.

A pesquisa também mostrou um aumento no consumo de cigarros entre estudantes de 13 a 17 anos nos 30 dias anteriores à pesquisa, passando de 5,6% em 2013 para 6,8% em 2019.

Impactos à Saúde

O Ministério da Saúde destaca que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), incluindo cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido, contêm nicotina e outras substâncias tóxicas, prejudiciais tanto para os usuários quanto para aqueles expostos aos aerossóis.

Mesmo produtos que alegam não conter nicotina podem ter a substância e suas emissões são nocivas. A nicotina é viciante e pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando no aprendizado e na saúde mental.

O consumo de tabaco é um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares, respiratórias e diversos tipos de câncer.

Estudos recentes sugerem que o uso de DEFs pode aumentar o risco de doenças cardíacas e pulmonares.

A exposição à nicotina em grávidas pode prejudicar o desenvolvimento cerebral do feto, e a exposição acidental de crianças aos líquidos dos cigarros eletrônicos representa sérios riscos de saúde.

REGULAMENTAÇÃO DA ANVISA

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, fabricação e publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil.

Em abril de 2024, a Anvisa revisou a legislação, ampliando a proibição para incluir a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.

*Com informações da Agência Brasil

Anvisa mantém proibição da venda de cigarro eletrônico no Brasil

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