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População em situação de rua aumenta após tragédia no Rio Grande do Sul

Com incêndio e série de temporais, população em situação de rua em Porto Alegre deve ter aumento exponencial

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Cynara Maíra

Publicado em 31/05/2024 às 10:48
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Na semana anterior às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, Porto Alegre já havia enfrentado uma tragédia.

Um incêndio de grandes proporções na Pousada Garoa, que abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade, deixou dez mortos e pelo menos cinco feridos.

A maioria dos moradores da pousada, financiada por um programa de assistência social da prefeitura, vivia em situação de rua. As causas do incêndio estão sendo investigadas pelas autoridades.

O incêndio na Pousada Garoa, seguido pelas enchentes, agravou ainda mais a situação do sistema de proteção social na capital.

ABRIGOS EM PORTO ALEGRE

De três unidades do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), duas fecharam devido às enchentes, restando apenas uma em operação.

Dos três abrigos da cidade, dois continuam funcionando, mas a disponibilidade de vagas em pousadas foi severamente reduzida.

Segundo o último censo da prefeitura, cerca de 4,8 mil pessoas vivem em situação de rua em Porto Alegre. Com a sobrecarga do sistema de assistência social, esse número deve aumentar.

Sibeli da Silva Diefenthaeler, assistente social da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), alerta que a prefeitura precisa reorganizar os serviços para atender a demanda crescente.

"Os viadutos estão lotados de pessoas em situação de rua. Precisamos de mais abrigos e uma rede socioassistencial reforçada", afirmou.

Destino incerto

Atualmente, Porto Alegre conta com três abrigos emergenciais para pessoas em situação de rua. No colégio estadual Júlio de Castilhos, no centro da cidade, 55 das 80 pessoas abrigadas são moradores de rua.

No bairro Restinga, no extremo-sul de Porto Alegre, a organização Amurt Amurtel mantém um abrigo temporário desde 5 de maio.

Ana Cristina Aguiar, coordenadora de projetos sociais da Amurt, ressalta a necessidade de pressionar o poder público para garantir uma organização para essas pessoas após deixarem os abrigos.

A Fasc, responsável pela política de assistência social da prefeitura, não respondeu às solicitações de comentário até o momento.

*Com informações da Agência Brasil

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