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'Papai Apocalipse': homem mata ex-esposa e filhos da atual e é condenado à pena de morte

Caso aconteceu em Idaho, nos Estados Unidos

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Marcelo Aprígio

Publicado em 02/06/2024 às 8:34 | Atualizado em 02/06/2024 às 8:41
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Um homem foi condenado à morte no sábado (1º) em Idaho, nos Estados Unidos. A sentença foi proferida dois dias após Chad Daybell, de 55 anos, ter sido considerado culpado de assassinato em primeiro grau, em 2019, de sua primeira esposa e dos dois filhos de sua atual esposa, encerrando um caso que atraiu atenção devido às crenças religiosas "apocalípticas" do casal.

Por causa dos crimes, conhecidos nos EUA como 'assassinatos do Dia do Juízo Final', o casal passou a ser chamado por alguns de 'Mamãe e Papai Apocalipse'.

No início do sábado, o júri recomendou a pena de morte, antes de o juiz ordenar um breve recesso para tomar uma decisão final sobre a sentença.

Enquanto o juiz Steven W. Boyce lia sua decisão, Daybell permaneceu sentado com as mãos no colo, inexpressivo, à mesa da defesa. Os advogados de defesa não fizeram perguntas quando questionados pelo juiz.

“O tribunal normalmente abordaria mais detalhadamente o réu. Contudo, neste processo de sentença especial, as declarações sobre o impacto da vítima e as provas já demonstraram oficialmente, creio eu, a gravidade do que ocorreu”, afirmou o juiz.

Segundo a CNN EUA, a lei de Idaho prevê a nomeação obrigatória de um advogado para uma revisão pós-condenação após a sentença de pena de morte.

Um recurso pode ser apresentado assim que a sentença de morte for apresentada. A última execução no estado ocorreu em 2011, quando Paul Rhoades foi morto por injeção letal.

CRIMES 'HEDIONDOS, ATROZES E CRUÉIS'

Os promotores do caso de Daybell argumentaram que a pena de morte era justificada, apontando fatores agravantes.

Eles afirmaram que os crimes eram particularmente “hediondos, atrozes ou cruéis” e que o réu foi motivado pelo desejo de remuneração, representando um perigo para a sociedade.

A promotora Lindsey Blake descreveu que Daybell possuía crenças religiosas extremas e alegava ter visões que determinavam se alguém estava “obscuro” ou “possuído”. Nesses casos, “o corpo tinha que ser destruído ou morrer”.

O advogado de defesa, John Prior, pediu aos jurados que considerassem a lógica por trás das acusações originais, argumentando que seu cliente defendia crenças religiosas e não era motivado por dinheiro, além de não ser o único suspeito ligado aos assassinatos.

A esposa de Daybell foi condenada à prisão perpétua em 2023, após ser considerada culpada de assassinato nas mortes de seus dois filhos e de conspiração para assassinar a ex-esposa de seu marido.

Ela foi condenada em julho de 2023 a três penas de prisão perpétua consecutivas sem possibilidade de liberdade condicional.

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