Policiais Civis de Pernambuco suspendem paralisação de 24h nesta quinta-feira (13)

Os policiais civis de Pernambuco iram paralisar suas atividades por 24 horas a partir das 7h desta quinta-feira, 13 de junho. Contudo, essa paralisação foi suspensa pelo próprio Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL).

Segundo o sindicato, o governo de Pernambuco reabriu negociações com a classe. E isso motivou a suspensão da paralisação.

Apesar disso, o Sinpol convocou uma assembleia geral extraordinária na próxima segunda-feira (17), a partir das 18h, para deliberar sobre o ofício do governo e as próximas movimentações da classe.

Por que os Policiais Civis iam parar?

Até o recebimento do ofício para reabertura de negociações, o SINPOL afirmava que a postura rígida do alto escalão do governo estava impedido avanços nas discussões.

O SINPOL pedia a reabertura das negociações para discutir melhorias na segurança pública e valorização dos policiais civis, mas enfrentava práticas consideradas inadequadas e já condenadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), como a instrumentalização da Corregedoria.

Nesta quarta-feira, 12 de junho, o presidente do SINPOL, Áureo Cisneiros, recebeu um documento que classificou como intimidatório da Corregedoria, mesmo possuindo imunidade sindical.

Tal prática, segundo o sindicato, remonta a métodos de governos anteriores que buscavam silenciar e intimidar lideranças sindicais.

A paralisação de 24 horas seria uma medida de advertência para chamar a atenção à situação crítica enfrentada pelos policiais civis de Pernambuco. Contudo, ela não vai mais ocorrer.

Nota inicial do SINPOL sobre a paralisação

Confira nota do SINPOL sobre a paralisação nesta quinta (13) completa:

"Diante da intransigência, falta de diálogo e falta de compromisso do governo Raquel Lyra com a Segurança Pública, o SINPOL anuncia nova paralisação de advertência por 24h dos policiais civis de Pernambuco, com início às 7h da manhã desta quinta-feira (13).

Apesar da sinalização, na última segunda-feira (10), da própria governadora Raquel Lyra em reabrir a mesa de negociação com os policiais civis, algum super secretário ou super secretária fez prevalecer a tese da intransigência.

O SINPOL insiste na reabertura das negociações com o governo, apesar do governo insistir em práticas já condenadas pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), como a instrumentalização da Corregedoria.

Hoje (12), infelizmente, o presidente do SINPOL Áureo Cisneiros recebeu, apesar da imunidade sindical, documento intimidatório da Corregedoria, prática comum de governos anteriores.

O SINPOL se orgulha dos seus 35 anos de história e lutará até o fim por mais segurança pública, valorização e estruturação dos policiais civis."