Polícia prende sete acusados de matar e torturar em tribunal do crime
Polícia Civil prendeu sete homens acusados de participar do Tribunal do Crime. Presos seriam responsáveis por matar e torturar pessoas
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Na quarta-feira (19), a Polícia Civil desarticulou uma organização criminosa em uma operação batizada de "Desavença".
A ação foi coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), com a delegada Márcia Pereira fornecendo detalhes em uma coletiva de imprensa.
OPERAÇÃO CONTRA O TRÁFICO GERA PRISÃO
Segundo Márcia Pereira, a operação teve como foco o combate ao tráfico de drogas e a atividades criminosas em Salvador, Simões Filho e Camaçari, cidades da Bahia.
A Polícia cumpriu sete mandados de busca e sete mandados de prisão. Entre os detidos, duas lideranças de uma facção que opera no estado da Bahia foram capturadas.
Durante a operação, foram apreendidos documentos, celulares e notebooks, que serão analisados pela agência de inteligência.
A delegada explicou que a análise visa o bloqueio de valores encontrados nas contas dos presos.
As duas principais lideranças da organização foram detidas em condomínios fechados no bairro do Stiep, em Salvador, e em Abrantes, em Camaçari.
Acusações de Tortura e Homicídio
Os presos enfrentam acusações de tortura e homicídios. Márcia Pereira revelou que há indícios de participação dos suspeitos em vários homicídios e torturas.
A polícia está colaborando com outros departamentos para identificar as vítimas desses crimes e responsabilizar os envolvidos.
“Temos interceptações com áudios que indicam a ordem para cometer esses crimes. Estamos na quarta fase de uma investigação que já dura cerca de um ano. Identificamos os autores e agora estamos complementando os mandados”, afirmou a delegada.
Ela acrescentou que a operação desta quarta-feira desarticulou um braço da facção em Salvador. “Agora entraremos em uma nova fase, focando no bloqueio dos valores para desmantelar a facção por completo”, concluiu Márcia.
A operação contou também com o apoio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).