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Ex-executivos das Lojas Americanas são alvo de operação da PF contra fraude bilionária

Ex-presidente e ex-CEO do grupo estão entre os 14 investigados na Operação Disclosure, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27) no Rio de Janeiro

Publicado em 27/06/2024 às 7:11
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), a Operação Disclosure, que investiga supostos crimes contra o mercado financeiro cometidos por ex-diretores e ex-executivos das Lojas Americanas em uma suposta fraude bilionária envolvendo a rede.

Segundo o g1, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão.

Entre os alvos, estão nomes importantes da rede, como o ex-presidente do grupo, Miguel Gutierrez, e o ex-CEO João Guerra Duarte Neto. Eles são investigados por crimes de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada.

Ao todo, 14 pessoas são investigadas. De acordo com o Metrópoles, os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro.

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Fraude bilionária

A decisão judicial que autorizou a operação ad PF atribui aos investigados “manobras fraudulentas” destinadas a alterar “os resultados reais da empresa, com o objetivo de receber vantagens indevidas com o pagamento de bônus por metas atingidas, e elevar de forma ilícita a cotação das ações das Americanas, pois, assim, gerariam ganhos financeiros não justificados, visto que alguns dos investigados tinham participação acionária nas empresas”.

Tais manobras "causaram grande prejuízo para os demais acionistas, principalmente aos minoritários, que, em razão da falsa saúde financeira das empresas, operavam transações acionárias com preços inflacionados”.

As investigações foram abastecidas pelas delações premiadas dos ex-diretores Marcelo da Silva Nunes e Flávia Pereira Carneiro Mota. Eles contaram que as fraudes se iniciavam com o preparo, pela equipe de Relações com Investidores de um arquivo chamado “verdes e vermelhos”, que fazia parte de um “kit de fechamento trimestral”.

Nele, constava a expectativa de crescimento por parte de analistas de mercado. Segundo as delações, quando elas não eram atingidas, a diretoria mudava os resultados “para não frustrar as expectativas de mercado”.

A Polícia Federal teve acesso a esses arquivos “Verdes e Vermelhos”. Eles mostram o comparativo entre os números prévios e as expectativas de mercado.

O relatório também contém conversas e e-mails entre executivos da rede varejista que mostram ordens internas para incrementar números reais para que ficassem próximos do esperado pelo mercado.

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