Funcionários de clínica de reabilitação são presos suspeitos de tortura e estupro
A investigação continua em andamento, com vítimas e testemunhas que ainda precisam ser localizadas para depor; dois suspeitos estão foragidos
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Uma operação da Polícia Civil realizada nessa terça-feira (16) resultou na prisão de funcionários de uma clínica de reabilitação clandestina localizada a cerca de 116 quilômetros de Goiânia.
Os presos são suspeitos de praticar tortura e estupro contra os internos do estabelecimento.
A ação policial, denominada "Operação Help", foi conduzida com a execução de cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.
A delegada Tereza Nabarro, responsável pelo caso, revelou que mais dois mandados semelhantes podem ser cumpridos contra outros suspeitos em breve.
Durante as investigações, foram descobertos diversos crimes na clínica, incluindo negligência na alimentação e na saúde dos internos, além da prática de cárcere privado.
Segundo Nabarro, os internos eram frequentemente submetidos a condições desumanas, sendo ameaçados, torturados e humilhados.
A delegada destacou a existência de uma "cela de castigo", uma sala equipada com grades e cadeados onde os internos eram mantidos por vários dias consecutivos como forma de punição.
"A maioria dos investigados já possui um extenso histórico criminal, incluindo antecedentes por homicídio, associação ao tráfico e roubo. São pessoas com uma personalidade voltada para a habitualidade criminosa", afirmou a investigadora.
A investigação ainda está em curso, com vítimas e testemunhas que precisam ser localizadas para depor. Após autorização judicial, a polícia divulgou a identidade dos presos:
- Lucas responde por dois crimes de tortura e um de cárcere privado qualificado.
- Rafael responde por dois crimes de tortura, um de cárcere privado qualificado e também um furto qualificado.
- Mateus responde por um crime de tortura e um de furto qualificado.
- André responde por um crime de tortura majorada.
- Gustavo responde por um crime de tortura por omissão e também por um crime de sequestro e cárcere privado.
Dois suspeitos, Joaquim Camargo de Araújo e Thiago Altino Barbosa, ainda estão foragidos e são procurados pela polícia pelos crimes de cárcere privado qualificado e tortura. Joaquim também responderá por estupro de vulnerável.