Ossada encontrada em fazenda de Goiás é de jovem dada como desaparecida
A investigação policial sugere que o suspeito teria ocultado o corpo e mentido sobre o desaparecimento usando equipamentos de trabalho
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A ossada encontrada enterrada em uma fazenda em Orizona (GO) foi confirmada por um laudo pericial como pertencente à jovem Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos, desaparecida desde 25 de março.
O corpo, em estado avançado de decomposição, foi descoberto a cinco metros de profundidade em 6 de julho.
A identificação foi possível após a perícia comparar o material genético da ossada com o dos pais de Dayara, devido à impossibilidade de identificação direta do cadáver.
A investigação aponta o marido da vítima, o empresário Paulo Antonio Eruelinton Bianchini, de 34 anos, como o principal suspeito do crime.
Dayara foi vista pela última vez na companhia de Paulo, proprietário de uma empresa de tratores e retroescavadeiras que realiza serviços de terraplanagem na região.
De acordo com o delegado Kennet Andersson, contradições nos depoimentos de Paulo levaram a polícia a considerá-lo suspeito.
A principal linha de investigação sugere que ele teria assassinado Dayara, ocultado o corpo e mentido sobre o desaparecimento, possivelmente utilizando seus equipamentos de trabalho para enterrar os restos mortais e dificultar a investigação policial.
Paulo afirmou ter deixado Dayara na rodoviária de Orizona em 10 de março, data em que a polícia acredita que ela foi morta.
No entanto, o registro oficial do desaparecimento foi feito apenas dias depois, em 25 de março. Paulo está sendo investigado por homicídio qualificado por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
"A diligências continuam para conclusão do inquérito policial", informou a Polícia Civil. A defesa de Paulo, representada pelo advogado Divino Diogo, planeja contestar "as inconsistências encontradas no inquérito policial, baseadas apenas em indícios relacionados ao vínculo afetivo entre Paulo e a vítima".
O objetivo é demonstrar em juízo a alegação de inocência do acusado.