Turista morre em excursão a Machu Picchu e visitantes apontam negligência médica

Um argentino faleceu em uma excursão para Machu Picchu, Peru, na terça-feira, e visitantes apontam a falta de infraestrutura como fator contribuinte

Publicado em 21/07/2024 às 9:01

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Na última terça-feira, um turista argentino de 59 anos faleceu durante uma excursão ao parque arqueológico de Ollantaytambo, a 32 quilômetros de Machu Picchu, no Peru.

O incidente ocorreu enquanto ele percorria o local, levantando preocupações sobre a infraestrutura de apoio aos visitantes.

Segundo relatos, a falta de recursos como oxigênio e atendimento médico emergencial foram fatores que contribuíram para o desfecho trágico.

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Veja detalhes do acidente

A vítima estava em uma excursão turística quando começou a passar mal, segundo informações da Polícia Nacional (PNP) do país.

Apesar dos esforços dos guias e outros turistas para ajudar, a falta de equipamentos adequados e a demora no atendimento de emergência agravaram a situação.

O caso trouxe à tona críticas sobre a preparação e os recursos disponíveis para atender emergências médicas em áreas de grande altitude e fluxo turístico intenso.

A altitude elevada e o esforço físico exigido para explorar esses locais aumentam o risco de problemas de saúde, especialmente para turistas não acostumados com tais condições.

No entanto, a ausência de pontos de apoio bem equipados com suprimentos médicos, como oxigênio, pode agravar situações de emergência.

A vítima, identificada como Carlos Jorge Rubinstein, foi ajudada por funcionários e guias locais, que começaram a realizar manobras de reanimação.

Por alguns minutos, várias pessoas se revezaram para fazer a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), mas não conseguiram e Rubinstein foi declarado morto ainda no local.

“Os do posto não querem vir. Olha, neste momento eles estão aí no posto”, queixou-se um visitante sobre a falta de socorristas médicos no local.

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Falta de estrutura e negligência médica 

Unsplash/Andrew Ly

Imagem ilustrativa de duas mochilas sobre rochas de uma escalada - Unsplash/Andrew Ly

Segundo O Globo, testemunhas e turistas que acompanharam a vítima relataram que os serviços de emergência demoraram mais de 20 minutos para chegar à área.

Além disso, eles também garantiram que os médicos não levavam tanques de oxigênio, pois “não havia suprimentos no centro de assistência”.

Após o incidente, autoridades locais e organizações de turismo do Peru foram pressionadas a se manifestar sobre as condições de segurança e infraestrutura em Machu Picchu e seus arredores.

Sua excursão é considerada um dos percursos mais difíceis do continente, já que muitos trechos são feitos a pé e a uma altitude de mais de 3.000 metros acima do nível do mar.

Em resposta, prometeram revisar e melhorar os serviços de emergência e suporte aos turistas, com a intenção de prevenir futuras tragédias.

Entretanto, ainda não foram apresentadas medidas concretas para garantir que situações similares não ocorram novamente.

Especialistas em turismo e saúde pública enfatizam a importância de haver pontos de suporte bem equipados em locais turísticos de alta altitude, bem como treinamento adequado para guias e funcionários sobre como lidar com emergências médicas.

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