Policial penal é preso suspeito de estuprar detentas em cadeia pública

Caso ocorreu no sudoeste paranaense; o servidor foi afastado das funções por 180 dias e teve armas de fogo e equipamentos apreendidos

Publicado em 25/07/2024 às 11:36 | Atualizado em 25/07/2024 às 12:50

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Um policial penal foi afastado do cargo por suspeita de estuprar uma detenta da Cadeia Pública de Dois Vizinhos, no sudoeste do Paraná.

O servidor está sob investigação do Ministério Público do Paraná suspeito de assédio sexual contra presas, ameaça, peculato e coação no curso do processo.

O gestor da unidade prisional foi alvo de uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nessa quarta-feira (24), denominada Acrasia, que cumpriu mandados na penitenciária e em outros endereços da cidade.

Segundo informações do Ministério Público, as investigações revelaram que o policial mantinha relações sexuais com as presas mediante ameaças, como a possibilidade de transferência ou restrição de visitas familiares.

Os abusos teriam ocorrido desde que ele assumiu a gestão da cadeia, afetando especialmente uma detenta que trabalhava na cozinha da unidade prisional.

O promotor Tiago Vacari, do Gaeco, destacou que o suspeito também utilizava detentos para realizar serviços em sua residência, retirando-os da cadeia, inclusive nos finais de semana.

Durante a operação, foram cumpridas ordens judiciais de busca e apreensão na casa do policial e na própria cadeia.

O MP solicitou a prisão do servidor, mas a Justiça determinou seu afastamento das funções por 180 dias, além da apreensão de todas as armas de fogo que estavam sob sua posse.

O policial está proibido de acessar as dependências da cadeia e de manter contato com qualquer detento da unidade.

O Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) afirmou colaborar com as investigações, que incluem a análise de documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos durante a operação.

As denúncias contra o policial penal surgiram a partir de uma denúncia anônima recebida pelo MP no início deste mês, levando à abertura das investigações, que agora buscam esclarecer todos os detalhes do caso.

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