Saiba quem é a médica presa por sequestrar bebê recém-nascida

Na última terça-feira (23), uma menina foi sequestrada no Hospital das Clínicas de Uberlândia e encontrada no dia seguinte em Itumbiara (GO), a cerca de 135 quilômetros de distância.

A Justiça decidiu, na manhã da quinta-feira (25), manter Cláudia Soares Alves em prisão preventiva.

A criança já foi devolvida à família. De acordo com reportagem da CNN, a defesa de Cláudia alegou que ela estava passando por um tratamento de inseminação artificial e desejava ser mãe.

Como ocorreu o crime

Segundo o boletim de ocorrência, Cláudia se fez passar por pediatra para acessar o quarto onde estava a família da bebê.

Ela teria dito que levaria a criança para um quarto ao lado para ajudar na amamentação.

A demora fez com que o pai da menina questionasse uma enfermeira sobre a localização da filha.

A suspeita foi detida por volta das 10h50 desta quarta-feira, quando estava com a menina.

A polícia encontrou no carro dela roupas da criança, sapatos e duas bolsas. A menina já foi reunida com a família.

Quem é Cláudia Soares Alves?

Cláudia Soares Alves é médica com registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) desde novembro de 2004.

Ela possui especialidades em neurologia e clínica médica, e não em pediatria.

Formada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) em 2004, atualmente , Cláudia completou a especialização em neurologia em 2011 e o doutorado em 2023.

Em abril deste ano, foi nomeada docente na Faculdade de Medicina de Umuarama, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e poderá ser demitida após processo administrativo.

Ainda segundo informações do CNN, seu perfil nas redes sociais conta com mais de 10 mil seguidores foi retirado do ar após o incidente. 

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que Cláudia não possui antecedentes criminais.

Defesa apresenta alegações de transtornos psíquicos

A defesa de Cláudia afirmou que a médica sofre de transtorno afetivo bipolar e estava em uma crise psicótica no momento do sequestro, o que teria comprometido sua capacidade de discernir o caráter ilícito de suas ações.

Um laudo psiquiátrico apresentado pela defesa revela que Cláudia está em tratamento desde 2022, com diagnóstico de transtorno afetivo bipolar, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico.

O laudo descreve que a condição provoca crises alternadas de humor deprimido e elevado, prejudicando temporariamente seu juízo crítico.