Motorista de Porsche que matou motociclista é acusado de calote

Ex-sócio afirma ser detentor de 25% do capital social do Bar do Beco do Espeto, do qual motorista do Porsche é um dos proprietários

Publicado em 31/07/2024 às 12:38 | Atualizado em 31/07/2024 às 12:38

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O ex-sócio de Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, preso pelo homicídio de um motociclista após atropelar e arrastar a vítima em um Porsche, está acusando o ex-parceiro comercial de uma dívida de R$ 1,4 milhão.

O processo, ainda em andamento, inclui uma decisão judicial recente de abril que indeferiu um pedido de urgência. As informações são do Metrópoles.

Carmenon de Jesus Silva, conforme documentos do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), detinha 25% do capital social do Bar do Beco do Espeto.

Ele teria cedido 50 metros quadrados para Igor e seu pai, Fernando Gomes Sauceda Júnior, para iniciar a venda de espetos em um pequeno espaço em um dos estacionamentos de Carmenon na região do Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.

O negócio, iniciado em 2015, prosperou, e Carmenon tornou-se sócio dos Sauceda, permitindo a expansão do bar que se tornou popular na região.

Durante três anos, Carmenon recebeu repasses mensais que começaram em R$ 5 mil em fevereiro de 2019 e aumentaram até R$ 13.580 em março de 2020.

No entanto, com o fechamento temporário do bar devido à pandemia, os pagamentos foram interrompidos e só foram retomados em fevereiro de 2021 com R$ 10.800, que depois aumentaram para R$ 30 mil até novembro de 2021.

Carmenon relatou suspeitas de que os sócios estavam enriquecendo desproporcionalmente, mencionando a compra de Porsches e a inclusão de mais parentes em "sociedades paralelas", o que resultou em seu afastamento e na suspensão dos repasses devidos.

Ele alega que, devido a essas práticas, não recebeu os valores correspondentes aos seus 25% na sociedade, acumulando uma dívida de R$ 1,46 milhão.

O pedido de bloqueio de valores dos Sauceda foi negado pela Justiça em abril, e o caso ainda está em tramitação.

A defesa de Igor Ferreira Sauceda e sua família foi contatada pelo Metrópoles, mas não se manifestou.

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