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MPSP denuncia motorista de Porsche homicídio doloso triplamente qualificado
De acordo com a promotora responsável pelo caso o crime foi praticado com crueldade e impossibilitou uma possível defesa da vítima
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O motorista da Porsche que matou o motociclista de 21 anos foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por homicídio doloso triplamente qualificado, nesta quinta-feira (1º).
A denúncia, assinada pela promotora Renata Cristina de Oliveira Mayer, do 3º Tribunal do Júri da Capital, acusa Igor Ferreira Sauceda de homicídio doloso com as qualificadoras de motivo fútil, uso de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Segundo Mayer, Igor decidiu matar o motociclista após se irritar com um dano ao seu carro causado por Pedro durante a colisão.
A promotora descreve o crime como praticado com crueldade, uma vez que Igor acelerou o carro em direção à motocicleta, atropelando e arrastando Pedro por alguns metros, causando-lhe sofrimento extremo.
A promotoria também destacou que o atropelamento foi realizado de forma surpreendente e pelas costas, dificultando a defesa de Pedro, que foi atingido inicialmente na parte de trás da motocicleta.
O MP-SP solicitou ainda a fixação de um valor mínimo para indenização aos familiares da vítima.
Igor Ferreira Sauceda será considerado réu se a denúncia for aceita pelo Judiciário. A defesa de Igor não respondeu aos pedidos de comentário até o momento da publicação desta matéria.
O incidente ocorreu na madrugada de segunda-feira (29) na Avenida Interlagos, Zona Sul de São Paulo.
Imagens de câmeras de segurança mostram o motorista do carro de luxo perseguindo a motocicleta antes do atropelamento.
Após o impacto, a motocicleta ficou completamente destruída, e Pedro não sobreviveu aos ferimentos, vindo a falecer no Hospital do Grajaú.
A namorada de Igor, que estava no banco do passageiro, sofreu ferimentos leves.
O advogado de Igor, Carlos Bobadilla, afirmou que o empresário estava voltando do trabalho e que não estava alcoolizado no momento do acidente, refutando alegações de que ele havia consumido bebidas alcoólicas.
Bobadilla descreveu Igor como um "homem trabalhador e honesto", sem antecedentes criminais, e qualificou o incidente como uma fatalidade.