Acidente da Voepass: Autoridades falam que ainda é cedo para fim dos trabalhos
Representantes confirmam que a investigação e a recuperação das vítimas do acidente da Voepass continuam sem previsão de término neste sábado (10)
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Representantes das autoridades federais e estaduais envolvidos na operação de resgate e identificação das vítimas da queda do avião da Voepass, ocorrido em Vinhedo, São Paulo, indicaram que ainda é prematuro definir um prazo para a conclusão dos trabalhos.
O brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), declarou nesta sexta-feira (10) que não há previsão para o término das operações.
Moreno explicou que o foco está na qualidade da investigação e não na velocidade, destacando que a análise das "caixas-pretas" — gravadores de voz e dados técnicos — já está em andamento em Brasília.
Ele enfatizou que a recuperação dos registros é essencial para entender o acidente e prevenir ocorrências futuras.
"Estamos priorizando a precisão das informações. Iniciamos com a degravação dos registros de voz e, em seguida, passaremos para os dados técnicos", afirmou o brigadeiro, ressaltando a importância desses dados para a investigação.
Resgate dos corpos
Segundo a Agência Brasil, até as 13h30 de hoje, ao menos 31 das 62 vítimas fatais do voo 2283, que fazia a rota de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP), haviam sido localizadas.
O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Cássio Araújo de Freitas, destacou a complexidade das buscas e os desafios enfrentados pelas equipes de resgate, que incluem problemas com drones não autorizados na área do acidente.
"Temos enfrentado dificuldades com drones que não fazem parte da operação oficial. Estamos usando nossos recursos para controlar essa situação", explicou o coronel.
O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Rodrigo Luis Sanfurgo, também observou que é difícil estimar quando os trabalhos serão concluídos.
"Estamos trabalhando incansavelmente para concluir a identificação de todas as vítimas e garantir a preservação do local, bem como a coleta dos elementos necessários para a investigação", afirmou Sanfurgo.
A operação continua concentrada em uma área residencial pequena, com as autoridades comprometidas em realizar uma investigação minuciosa para entender as causas do trágico acidente.