Mãe denuncia que menina de 4 anos foi estuprada em hospital três dias antes de morrer
O caso aconteceu em Goiânia (GO); o suspeito de estuprá-la foi preso, e a polícia aponta que ele fez ao menos três vítimas
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A família de uma menina de 4 anos denuncia estupro sofrido pela criança enquanto ela estava internada no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia.
A criança, que morreu em 9 de maio após ser internada com suspeita de apendicite, foi atendida inicialmente e liberada, mas retornou ao hospital com sintomas agravados e foi internada na UTI.
A mãe da menina afirmou que sempre suspeitou do abuso, mas as alegações foram negadas pelas autoridades hospitalares.
O suspeito do abuso, um técnico em segurança do trabalho, foi preso e é acusado de ter pelo menos três vítimas. Ele foi detido no dia 8 de maio e está sendo investigado por estupro de vulnerável e aliciamento de crianças.
A Secretaria de Saúde de Goiás não se pronunciou sobre o caso, alegando que a investigação está sob responsabilidade da Polícia Civil.
O advogado do suspeito informou que se manifestará apenas nos autos do processo.
O laudo da Polícia Científica confirmou que a causa da morte da menina foi septicemia devido a apendicite aguda.
A família relatou que, no dia 6 de maio, a criança foi abusada enquanto estava no hospital. A tia da menina afirmou que um homem e uma mulher, que se apresentaram como funcionários do hospital, retiraram a menina do quarto, alegando que a criança precisava de um banho.
O homem, identificado como o suspeito, ficou com a menina por duas horas. As lesões foram detectadas durante a troca de fraldas, e a família autorizou exames pelo Instituto Médico Legal (IML).
Linha do tempo do prontuário médico
- 3 de maio: A criança foi liberada após melhora com medicação, com orientações para monitoramento e retorno em caso de piora.
- 5 de maio: A criança retornou ao Hecad com sintomas agravados e foi internada. Não havia registro de lesões genitais.
- 6 de maio: Foram constatadas lesões genitais durante a troca de fraldas, e o estado da criança foi descrito como gravíssimo.
- 7 de maio: A mãe foi informada das lesões e concordou com a realização de exames no IML.
A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o depoimento do suspeito ou se a mulher mencionada pela família também está sendo investigada.