Estudo aponta fatores que podem prever o declínio cognitivo provocado pelo Alzheimer

O objetivo da pesquisa é determinar quais fatores mais frequentemente antecipam a deterioração das funções cognitivas dos pacientes com Alzheimer

Publicado em 17/08/2024 às 7:29 | Atualizado em 18/08/2024 às 11:33

Clique aqui e escute a matéria

Um novo estudo revelou indicadores chaves que podem prever o declínio cognitivo e o nível de dependência dos cuidadores em pacientes com Doença de Alzheimer nos dois anos seguintes.

Os principais fatores identificados incluem idade avançada, gênero feminino, batimentos cardíacos irregulares e a capacidade do paciente de realizar atividades diárias.

O estudo acompanhou cerca de 500 pacientes com Alzheimer possível ou provável ao longo de dois anos, focando na identificação das características mais associadas ao declínio cognitivo.

O objetivo foi determinar quais fatores mais frequentemente antecipam a deterioração das funções cognitivas.

O estudo avaliou funções cognitivas, realização de tarefas diárias, dor, depressão e sintomas neuropsiquiátricos, além de problemas como doença coronariana e fibrilação atrial.

Os resultados indicaram que todos os pacientes exibiram um declínio cognitivo significativo, com os fatores mais impactantes sendo idade avançada, sexo feminino, dificuldade em realizar atividades diárias e fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca com batimentos irregulares e acelerados.

Esses fatores foram os mais relevantes na previsão do agravamento do quadro.

Esses indicadores foram associados a um aumento na dependência dos cuidadores, destacando a importância de monitorar também a interação entre paciente e cuidador desde os primeiros estágios da doença.

Além disso, a Academia Americana de Neurologia divulgou um levantamento que aponta que pessoas acima dos 60 anos com hipertensão não tratada têm um risco maior de desenvolver Alzheimer em comparação com aquelas que mantêm a pressão arterial controlada ou que não têm essa condição.

O estudo, que revisou 14 pesquisas com 31 mil participantes acompanhados em média por quatro anos, destacou a hipertensão como um fator de risco significativo para doenças cerebrovasculares, como acidentes vasculares encefálicos e tromboses.

Tags

Autor