Protesto por migração de trabalhadores da Vera Cruz fecham trecho da BR-101
Os rodoviários cobram garantias trabalhistas para os trabalhadores da Vera Cruz, que encerrará suas atividades no próximo dia 31 de agosto
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Na manhã de quinta-feira (23), trabalhadores da empresa Vera Cruz realizaram um protesto, na BR-101, no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
A manifestação ocorreu em frente à garagem da rodoviária, no quilômetro 82 do sentido Cabo de Santo Agostinho da rodovia federal.
O ato, promovido pelo Sindicato dos Rodoviários, surge em resposta ao anúncio do encerramento das atividades da Vera Cruz, previsto para o próximo dia 31 de agosto.
Os trabalhadores, insatisfeitos com a ausência de medidas efetivas por parte do governo e das empresas envolvidas, exigem garantias de empregabilidade e a reintegração dos funcionários em outras empresas do setor.
Durante o protesto, o grupo bloqueou todas as faixas da BR-101 e ateou fogo em pneus, o que causou severo congestionamento na área.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi chamada para monitorar a situação, mas o Corpo de Bombeiros informou que, até as 6h30, não havia sido acionado para o incidente.
A crise se agrava desde que a Vera Cruz alegou déficit financeiro e anunciou a cessação de suas operações nas linhas do sistema metropolitano de transporte coletivo.
Em resposta, o Grande Recife Consórcio de Transporte distribui as linhas da empresa para outras operadoras, como São Judas Tadeu, Metropolitana e Borborema, que assumiram nove linhas anteriormente geridas pela Vera Cruz.
No último dia 17, a categoria já havia realizado um protesto semelhante, estacionando ônibus na área central do Recife para exigir medidas efetivas para os empregados da empresa.
A equipe do NE10 contatou o Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), que assegurou a continuidade do serviço e destacou que a Vera Cruz se comprometeu a operar e fornecer mão de obra e frota conforme o cronograma.
O CTM também ressaltou que o Ministério Público do Trabalho está monitorando a transição dos trabalhadores, a qual depende da execução correta das rescisões pela VRC.
Além disso, o CTM afirmou não ter responsabilidade direta nas questões trabalhistas, mas está colaborando com as autoridades para garantir uma transição justa e minimizar o impacto no transporte público.