Governo federal detecta aumento de incêndios criminosos e PF inicia investigações

A Polícia Federal investiga 31 incêndios na Amazônia e no Pantanal. Os dois mais recentes estão focados em incêndios ocorridos em São Paulo

Publicado em 26/08/2024 às 10:08

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Neste domingo (25), durante uma coletiva de imprensa, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou a criação de uma sala de situação há mais de dois meses para monitorar a estiagem e os incêndios no Brasil.

Ela informou que a Polícia Federal abriu 31 inquéritos para investigar os incêndios na Amazônia, no Pantanal e agora em São Paulo.

A operação envolve diversos órgãos governamentais, incluindo o Ibama, ICMBio, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério da Defesa, Marinha e os Corpos de Bombeiros estaduais.

Marina Silva destacou que, sob orientação do presidente Lula, o trabalho é realizado em colaboração com governadores, prefeitos e brigadas de incêndio.

Ela ressaltou a importância de intensificar os esforços para identificar e punir os responsáveis por incêndios intencionais. “Estamos em uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, afirmou a ministra.

Ela também condenou a prática de atear fogo durante períodos de alta temperatura e baixa umidade, ressaltando que “o combate ao fogo não é apenas uma responsabilidade estadual ou municipal, mas de todos nós”.

Marina destacou que a fumaça que afeta a capital federal é proveniente de incêndios nas regiões vizinhas e de outras áreas, e que a situação está sendo avaliada.

Sobre os incêndios em São Paulo, a ministra observou que não é comum ver tantas frentes de fogo em tantos municípios simultaneamente, mas enfatizou que as investigações irão esclarecer a situação.

A sala de situação implementou várias medidas, incluindo mudanças na legislação, concessão de crédito extraordinário para reforçar as equipes e uma abordagem integrada com mais de 20 ministérios coordenados pela Casa Civil.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, observou que ainda é cedo para afirmar se há envolvimento do crime organizado nas ações de incêndio.

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