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NOVO GOLPE: beneficiários do Bolsa Família relatam extorsão do valor do auxílio; Veja como se prevenir, segundo especialista
Deste a última semana, algumas famílias têm relatado um golpe no qual é sacado praticamente todo o dinheiro do benefício; entenda como funciona
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O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), órgão responsável pelo Programa Bolsa Família, tem recebido queixas desde a última quinta-feira (22/08) em relação a um golpe.
Os estelionatários do crime em questão atuam subtraindo praticamente todo o valor recebido pelos beneficiários do Bolsa Família, após estes clicarem em um link enviado por SMS.
Boa parte das pessoas lesadas por este crime relatou saques indébitos por meio de transferências PIX para contas desconhecidas.
À Agência Brasil, o Ministério esclareceu que os canais exclusivos de comunicação com as famílias são as mensagens nos extratos bancários e no aplicativo do Programa Bolsa Família.
Confira dicas de como evitar cair nesse tipo de golpe e, caso tenha caído, como deve agir.
Como se prevenir?
Para se prevenir deste tipo de golpe, a advogada especialista em direito digital, Isabelle Sampaio recomenda nunca clicar em links recebidos por SMS ou WhatsApp, especialmente aqueles que pedem verificação ou atualização de dados pessoais.
"Além disso, sempre desconfie de mensagens que alegam ser de programas governamentais e prefira acessar informações diretamente pelos canais oficiais, como sites ou aplicativos do governo”, complementa a advogada.
Como identificar uma mensagem suspeita?
De acordo com a especialista, há uns sinais que podem ligar um alerta para a existência de um golpe. São eles:
- Remetente desconhecido: Desconfie de números estranhos ou não oficiais.
- Urgência: Mensagens que pressionam para ação imediata são suspeitas.
- Links estranhos: Verifique links antes de clicar, especialmente se parecerem incomuns.
- Solicitação de dados pessoais: Instituições legítimas não pedem informações por SMS ou ligação.
O que acontece quando a pessoa clica no link?
Esses links geralmente funcionam como phishing, estratégia em que os golpistas imitam a página de um site oficial para confundir os usuários.
Sampaio explica: “Ao inserir seus dados pessoais, como senhas ou informações bancárias, esses dados são capturados pelos criminosos.”
Julgando estarem colocando seus dados em uma plataforma confiável, as vítimas na verdade permitem que os criminosos acessem suas contas bancárias e realizem transações não autorizadas.
Caí no golpe, o que fazer?
Nesse caso, a advogada recomenda tomar duas medidas.
A primeira é contestar a transação indo até uma agência da Caixa ou usando o aplicativo Caixa TEM para bloquear a conta e atualizar as informações de acesso e senha.
O segundo passo é registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima, detalhando o golpe.
Em caso de golpe, dá para recuperar o valor perdido?
Segundo a especialista, sim, há restituição de valores nesses processos.
Ela explica: “O processo envolve normalmente a contestação da transação, a investigação do ocorrido e, em caso de comprovação da fraude, o ressarcimento dos valores.”
Ela complementa informando que “essa situação vai além de um simples aborrecimento do cotidiano” e que o consumidor lesado pode buscar judicialmente indenização por danos morais pelo sofrimento emocional e transtornos causados.