Fim da gotinha: vacina contra a poliomielite será injetável a partir de 4/11

A mudança se fundamenta em critérios epidemiológicos e evidências científicas; a gotinha será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP)

Publicado em 24/10/2024 às 8:34

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A imunização contra a poliomielite será feita exclusivamente por meio da vacina injetável, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde.

A partir de 4 de novembro, as vacinas conhecidas como “gotinhas” não estarão mais disponíveis no Distrito Federal.

Essa alteração é baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas e recomendações internacionais.

As duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) em gotas, administradas a crianças, serão substituídas pela vacina inativada poliomielite (VIP).

O novo esquema de vacinação será o seguinte:

  • 2 meses: 1ª dose
  • 4 meses: 2ª dose
  • 6 meses: 3ª dose
  • 15 meses: dose de reforço

Desde 28 de setembro, o Distrito Federal não aplica mais as doses de reforço da vacina oral. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destaca que, embora a gotinha tenha sido fundamental no controle da pólio, sua suspensão não significa o fim do Zé Gotinha, que continua sendo o símbolo da saúde no país.

Após a administração das três primeiras doses da vacina injetável, a proteção chega a quase 100%, com altos níveis de anticorpos.

Para as doses de reforço em crianças de 15 meses a 5 anos, a orientação é que os responsáveis compareçam às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) a partir de 4 de novembro para agendar as vacinas.

A vacina injetável utiliza vírus inativados, o que ajuda na produção de anticorpos sem a presença do vírus ativo, e requer menos doses, sendo também indicada para crianças imunocomprometidas.

Poliomielite

A poliomielite é uma doença contagiosa grave, causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos. Ela é transmitida pelo contato direto com fezes ou secreções de pessoas infectadas. Em casos mais severos, pode levar à paralisia.

Desde 1989, o Brasil não registra casos da poliomielite causada pelo vírus selvagem, e no DF, a doença não é registrada desde 1987. No entanto, o desafio permanece em evitar a reintrodução da enfermidade no país.

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