Primeiro filhote de elefante-marinho brasileiro se prepara para viagem até a Argentina
A mãe do animal permaneceu com ele durante algumas semanas para garantir sua nutrição e ajudá-lo a ganhar peso antes de deixá-lo na última quinta (31)
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Na praia de Siriú, em Santa Catarina, um filhote de elefante-marinho nasceu, acontecimento inédito nas praias brasileiras, conforme relatado pelo Instituto Australis.
A mãe do filhote permaneceu com ele durante algumas semanas para garantir sua nutrição e ajudá-lo a ganhar peso antes de deixá-lo na última quinta-feira (31). Agora, o jovem elefante-marinho passará por um período de adaptação e aprendizado para sobreviver de forma independente.
Segundo informações do G1, ele deve permanecer na área por até três meses, tempo necessário para aprender a nadar e caçar, antes de migrar para as colônias de reprodução na Patagônia.
Enquanto está no litoral catarinense, uma equipe de mais de 50 voluntários e pesquisadores monitora o filhote dia e noite como parte de um programa de vigilância de praias.
A bióloga Karina Groch, que coordena a pesquisa, enfatiza que é essencial respeitar o espaço do animal, para que ele possa descansar e recuperar energia para a longa jornada de cerca de 3 mil quilômetros até a costa argentina.
Evolução do animal
O crescimento do filhote tem sido surpreendente: ele nasceu com aproximadamente 40 quilos e 1,3 metro, e já quase dobrou seu peso e tamanho, resultado direto do período em que foi amamentado.
O analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Leandro Ciotti, comenta que a adaptação do jovem elefante-marinho tem ocorrido de forma próxima ao comportamento natural da espécie, mesmo sem ter nascido em uma colônia típica.
A espécie Mirounga leonina, nativa do Atlântico Sul e das proximidades da Antártica, possui hábitos interessantes, como cobrir-se de areia ou pedras para manter a temperatura corporal em dias quentes. Em sua fase adulta, esses elefantes-marinhos chegam a medir até 6 metros e pesar 5 toneladas.
Enquanto aprende a caçar, este filhote se alimentará de peixes e lulas, sendo uma presença valiosa para o estudo e a preservação da vida marinha no Brasil.
Fonte: Metro World News Brasil