Mãe perde a filha durante o parto e acusa médica de perfurar o pescoço do bebê com a unha
A mãe afirma que durante o trabalho de parto, ela foi tratada de forma desrespeitosa pela equipe e foi obrigada a passar por um parto normal
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Uma mãe acusa a equipe médica de negligência após a morte de sua filha durante o parto.
A mãe afirmou que a morte de sua filha foi causada por um erro da médica, que, durante o procedimento, teria perfurado o pescoço do bebê com a unha. O caso ocorreu na última quinta-feira (31), em uma maternidade, em Salvador.
A mãe, grávida de 31 semanas, havia dado entrada na maternidade em trabalho de parto. Ela revelou que, apesar da recomendação médica para a realização de uma cesárea, foi obrigada a passar por um parto normal, que, segundo ela, foi a única opção oferecida pela equipe médica.
Violência obstétrica
Segundo relatos, a mãe foi tratada de forma desrespeitosa pela equipe e foi pressionada a fazer força sob ameaças de que seria “rasgada até o talo”.
O incidente ocorreu no momento em que o batimento cardíaco do bebê começou a diminuir. Foi nesse instante que a médica realizou uma manobra brusca para retirar a criança, o que fez com que o marido da paciente percebesse que algo estava errado.
Segundo o relato, a médica estava com a luva rasgada e, ao retirar o bebê, rapidamente entregou-o a outros profissionais e saiu da sala.
A mãe alega que a causa da morte de sua filha foi uma lesão no pescoço provocada pela unha da médica, que teria perfurado a área ao realizar a manobra para retirar a criança.
Embora a equipe tenha tentado reanimar a bebê com massagem cardíaca, a morte foi confirmada logo após o parto. No entanto, o hospital informou à família que a bebê teria nascido morta, uma versão contestada pela mãe, que afirmou que a filha ainda estava viva antes do parto.
A família registrou um boletim de ocorrência e solicitou que o corpo de criança fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.
A Polícia Civil está investigando o caso, com a 13ª Delegacia Territorial (DT/Cajazeiras) realizando oitivas e aguardando os laudos periciais para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) também se manifestou, informando que acompanhará a investigação e que apurará com transparência as causas do óbito da criança. A conclusão das investigações está prevista para os próximos 30 dias.
A maternidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.