Cúpula do G20: o que é e como funciona o evento que começa nesta segunda (18)

A cúpula visa formalizar um comunicado que consolide as decisões dos emissários, com expectativa de um resultado mais promissor do que os anteriores

Publicado em 18/11/2024 às 8:51
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A Cúpula do G20 começa na manhã desta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro, com a presença de chefes de Estado e delegações de 40 países, além de 15 organismos internacionais.

O evento representa o momento culminante de um ano de negociações entre os membros do grupo.

As discussões, lideradas pelos chamados "Sherpas" (diplomatas que representam os países), abordaram uma ampla gama de temas, como comércio, corrupção, saúde e turismo.

O objetivo da cúpula é formalizar um comunicado que consolide as decisões tomadas pelos emissários, com expectativa de um resultado mais promissor do que os anteriores.

A Presidência Brasileira do G20

A presidência brasileira do G20 tem sido considerada mais eficaz do que as de seus antecessores, Índia e Indonésia, por promover debates mais amplos e ações concretas.

Um dos principais destaques foi a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com o apoio de 41 países e 13 organizações internacionais, visando atingir 500 milhões de pessoas.

Além disso, o Brasil tem focado em temas como desigualdade, pobreza, mudanças climáticas e governança global.

Especialistas em Relações Internacionais apontam que a estratégia do Brasil tem sido eficaz, adotando uma agenda inclusiva que evita polarizações, como aquelas entre EUA e China.

A criação de compromissos específicos e mais concisos facilita a aprovação das declarações, o que pode contribuir para um maior impacto nas questões globais.

Divergências no G20

No entanto, há divergências internas no grupo, especialmente sobre a geopolítica. Os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio têm gerado divisões, com economias desenvolvidas defendendo uma postura mais firme em apoio a Ucrânia e Israel, enquanto outros membros adotam uma posição mais crítica.

Outro ponto de atrito é a proposta brasileira de taxar super-ricos para financiar o combate às mudanças climáticas, que enfrenta resistência, especialmente da Argentina.

Apesar dos impasses, especialistas acreditam que o G20 deve conseguir avançar em alguns compromissos, como financiamento climático e reformas no FMI e no Banco Mundial.

O legado da presidência brasileira inclui a criação de iniciativas significativas como a Força-Tarefa de Mobilização Global contra as Mudanças Climáticas e a Coalizão Global de Planejamento Energético, posicionando o Brasil de maneira estratégica para dar continuidade aos temas debatidos, especialmente com sua presidência do BRICS e a organização da COP30 em 2025.

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