Defesa de PM que matou motociclista por não querer pagar a corrida pede julgamento justo
Em nota, a equipe jurídica lamentou o ocorrido e reiterou seu compromisso com o cumprimento do devido processo legal. O crime aconteceu no domingo (1)
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A defesa do sargento da Polícia Militar Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, preso por matar o motociclista Thiago Fernandes Bezerra, 23 anos, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, afirmou que buscará um julgamento justo para o policial.
Em nota, a equipe jurídica lamentou o ocorrido e reiterou seu compromisso com o cumprimento do devido processo legal. O sargento conta com o apoio jurídico da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados, Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco.
O crime aconteceu no último domingo (1) após uma discussão sobre uma corrida de R$ 7. De acordo com as primeiras informações, o policial se recusou a pagar o valor, o que gerou o desentendimento.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o PM saca um revólver calibre .38 e atira no jovem após um breve diálogo.
Venilson tentou fugir, trocando de camisa, mas foi localizado em um ônibus na Avenida Belmiro Correia, em Camaragibe. Ele foi agredido por populares antes de ser detido pela polícia.
Na segunda-feira (2), a Justiça de Pernambuco converteu a prisão em flagrante do sargento em prisão preventiva, durante audiência de custódia na Central de Flagrantes da Capital. A decisão foi assinada pelo juiz José Carlos Vasconcelos Filho, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O policial foi encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed) e aguarda o resultado das investigações e o processo administrativo, que pode levar à sua expulsão da corporação.
O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, classificou o ato como "bárbaro". "Ele foi preso e vai responder pelo ato dele. O crime foi bárbaro. Vi as imagens e, sem nenhuma razão, ele desceu da garupa do mototáxi, discutiu brevemente, sacou a arma e atirou contra o trabalhador. Infelizmente, tivemos esse caso, e ele responderá pelo que fez", afirmou o secretário.
As investigações estão sendo conduzidas pela 10ª Delegacia de Homicídios de Pernambuco, que está ouvindo testemunhas e analisando provas, como as imagens de segurança. A Polícia Militar também está avaliando os procedimentos administrativos que poderão resultar na expulsão do sargento.