Por que os medicamentos genéricos são mais baratos? Entenda

Segundo a Anvisa, os remédios genéricos representam 38,32% das vendas de medicamentos no Brasil em 2023, destacando a aceitação da população

Publicado em 20/12/2024 às 7:46
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Os medicamentos genéricos são uma alternativa eficaz e econômica para o tratamento de diversas condições de saúde, mas muitos ainda têm dúvidas sobre sua segurança e eficácia. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), eles representaram 38,32% das vendas de medicamentos no Brasil em 2023, um dado que reflete a crescente aceitação dessa opção pela população.

A jornalista Paula de Társsia é uma dessas pessoas que confiam nos genéricos. Para ela, o essencial é a fórmula e a eficácia do medicamento, não a marca estampada no rótulo. “Sempre opto pelo que cabe no bolso, desde que seja recomendado por um médico”, diz ela, destacando a importância da orientação profissional.

Contudo, nem todos têm a mesma confiança. Muitos brasileiros ainda questionam se os genéricos oferecem os mesmos benefícios que os medicamentos de referência. O farmacêutico John Eric, da Wyden, esclarece que os genéricos são rigorosamente iguais aos medicamentos de referência no que diz respeito ao princípio ativo, dose, forma farmacêutica e via de administração.

“Os genéricos passam por testes rigorosos para garantir sua bioequivalência, ou seja, que são absorvidos e agem no organismo da mesma forma que o medicamento de referência”, explica John. Ele também ressalta que sua produção é fiscalizada pela Anvisa, garantindo segurança e eficácia.

Mas, afinal, por que são mais baratos?

John explica que, enquanto os medicamentos de referência precisam cobrir altos custos de pesquisa e desenvolvimento durante os anos de validade da patente, os genéricos, produzidos após o vencimento da patente, têm apenas os custos de fabricação e distribuição. Essa diferença se reflete diretamente no preço final.

Ele também esclarece as diferenças entre genéricos e similares. Embora ambos contenham o mesmo princípio ativo, os similares podem apresentar diferenças em aspectos como formato, embalagem e prazo de validade. Além disso, os similares são identificados por nomes comerciais, enquanto os genéricos utilizam o nome do princípio ativo.

A experiência da jornalista Paula reflete uma mudança gradual de mentalidade no Brasil. Mesmo com a resistência inicial de alguns, como sua mãe, que ainda têm receios sobre os genéricos, ela reforça a importância de confiar nas orientações médicas e nos rigorosos padrões de qualidade desses medicamentos.

Assim, os genéricos se mostram como uma opção acessível e segura para quem busca tratar a saúde sem pesar no orçamento.

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