Mulher contrai raiva após ser mordida por sagui em Pernambuco
Este é o primeiro caso de raiva humana registrado no estado desde 2017. A mulher deu entrada no hospital no dia 31/12, com dormência, dor e fraqueza
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Uma mulher de 56 anos foi internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), em Santo Amaro, no Recife, após ser atacada por um sagui na mão esquerda.
Ela deu entrada na unidade de saúde no dia 31 de dezembro, apresentando sintomas como dormência que se espalhou para o tórax, dores e fraqueza.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou que, na noite de terça-feira (9), o exame realizado pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, confirmou que a paciente foi contaminada pelo vírus da raiva. Este é o primeiro caso de raiva humana registrado no estado desde 2017.
A paciente reside em Santa Maria do Cambucá, uma cidade no Agreste de Pernambuco. O laudo do exame revelou que o vírus é de origem silvestre. A investigação revelou que, antes do ataque do animal, ocorreram queimadas na região, o que pode ter feito o sagui deixar a mata e entrar em contato com a mulher.
O que fazer após o ataque de uma animal silvestre?
Em casos de agressão por animais silvestres, a recomendação é procurar assistência médica para profilaxia. Após avaliação, o profissional de saúde pode indicar a aplicação da vacina e/ou soro.
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda causada pelo Lyssavirus, com taxa de letalidade de 100%.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2024, o Brasil registrou 48 casos de raiva humana, sendo 9 por mordidas de cães, 24 por morcegos, 6 por primatas não humanos, 2 por raposas, 4 por felinos e 1 por bovino.
Detalhes sobre a raiva
Transmissão e sintomas
A raiva pode ser transmitida ao ser humano por mordedura, arranhadura ou lambedura de um animal infectado.
Após o período de incubação, que varia de 2 a 10 dias, os sintomas podem incluir mal-estar geral, febre baixa, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito obrigatoriamente por exames laboratoriais utilizando técnicas específicas.
A principal medida de prevenção é a vacinação, tanto pré quanto pós-exposição. O Ministério da Saúde distribui vacina antirrábica humana, soro antirrábico humano e imunoglobulina antirrábica para a profilaxia da raiva humana no Brasil.