Inicia júri popular de Bruno Lima, réu que esfaqueou ex-namorada e os pais dela

O empresário enfrenta acusações de tentativa de homicídio qualificado, podendo ser condenado a mais de 70 anos de prisão

Publicado em 20/01/2025 às 11:50
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Começou na manhã desta segunda-feira (20), no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, o julgamento de Bruno de Andrade Lima de Albuquerque, de 29 anos, acusado de tentar matar a ex-namorada, Caroline, e os pais dela em um ataque ocorrido em novembro de 2023, no Grande Recife.

O empresário enfrenta acusações de tentativa de homicídio qualificado, podendo ser condenado a mais de 70 anos de prisão.

Bruno está preso desde 14 de dezembro de 2023. O julgamento quase foi adiado após a defesa apresentar um documento com novas provas, mas, após breve discussão, o juiz decidiu descartar o material e a sessão seguiu conforme previsto.

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o crime aconteceu após Bruno não aceitar o fim do relacionamento com Caroline. Ele invadiu o apartamento onde ela morava com os pais e desferiu mais de 20 facadas, além de tentar matar o ex-sogro, que desmaiou devido à agressão, e a ex-sogra, que lutou com o agressor.

O julgamento é presidido pelo juiz Otávio Ribeiro Pimentel, da 2ª Vara do Júri de Jaboatão, que já atuou em outros casos de repercussão, como o assalto a ônibus que resultou em mortes em 2021 e o caso de ocultação de cadáver envolvendo a farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes e seu filho, em 2018.

Além dos depoimentos das vítimas, o júri ouvirá duas testemunhas de acusação, sendo uma delas de forma remota. A defesa convocou duas testemunhas para também depor.

A defesa questiona a validade de provas relacionadas à arma do crime e roupas ensanguentadas, e pede que Bruno seja julgado por lesão corporal grave, um crime com pena mais leve que tentativa de homicídio. Outra possível linha de defesa é a alegação de legítima defesa.

Para o MPPE, Bruno cometeu tentativa de homicídio qualificado, em contexto de violência doméstica, e posse irregular de arma de fogo. O processo também apura as circunstâncias de gênero e as dificuldades enfrentadas pelas vítimas em sua defesa durante o ataque.

O julgamento segue em andamento e será acompanhado de perto pela imprensa, com limitações para gravação e cobertura do ato.

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