Metapneumovírus é identificado em Pernambuco após 20 anos de circulação no Brasil
Os casos confirmados envolvem duas crianças do sexo feminino, de 1 ano e 7 meses e 3 anos e 11 meses, residentes em Recife e Jaboatão dos Guararapes
Clique aqui e escute a matéria
Nesta quarta-feira (15), Pernambuco registrou os primeiros casos confirmados de 2025 do metapneumovírus humano (HMPV), um vírus respiratório comum que circula no Brasil há mais de 20 anos.
O HMPV, pertencente à mesma família do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), apresenta sintomas leves, como tosse, febre e congestão nasal, mas pode evoluir para Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em pessoas mais vulneráveis, como crianças, idosos e indivíduos imunocomprometidos.
Os casos confirmados envolvem duas crianças do sexo feminino, de 1 ano e 7 meses e 3 anos e 11 meses, residentes em Recife e Jaboatão dos Guararapes. Ambas apresentaram febre, tosse, desconforto respiratório e diarreia, foram hospitalizadas, mas já receberam alta. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).
Embora o vírus tenha sido identificado pela primeira vez no Brasil em 2004 e registrado inicialmente na Holanda em 2001, sua circulação no Estado não é inédita. Em anos anteriores, surtos mais significativos ocorreram em 2016, com 15 casos, e em 2022, com 27 casos confirmados.
Apesar do aumento de registros no Hemisfério Norte, o HMPV não é considerado um vírus de alta preocupação para a comunidade científica, de acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária de Pernambuco, Renan Freitas.
“Por enquanto, não há aumento de casos que indique uma epidemia ou pandemia provocada pelo HMPV”, destacou o secretário, reforçando que não existem vacinas específicas para o vírus. No entanto, manter a vacinação contra gripe e Covid-19 ajuda a evitar quadros de cocirculação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o fortalecimento das medidas preventivas não farmacológicas: uso de máscara, ventilação de ambientes, higiene frequente das mãos e evitar tocar olhos, nariz e boca. Pessoas mais vulneráveis devem evitar aglomerações, especialmente em locais fechados e mal ventilados.
O alerta reforça a importância de atenção redobrada às doenças respiratórias, especialmente em períodos de maior circulação de vírus como o HMPV.