Último dia para MEIs regularizarem pendências e evitarem exclusão do Simples Nacional
Entre setembro e outubro de 2024, a Receita Federal alertou mais de 1,5 milhão de MEIs e empresas sobre o risco de exclusão do regime.
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Microempreendedores Individuais (MEIs) que foram excluídos do Simples Nacional e do SIMEI têm até hoje, 31 de janeiro, para quitar suas pendências financeiras e cadastrais. A regularização é essencial para garantir a reinserção no regime simplificado de tributação.
Mais de 1,5 milhão de empresas notificadas
Entre 30 de setembro e 4 de outubro de 2024, a Receita Federal notificou mais de 1,5 milhão de MEIs e empresas com débitos tributários sobre o risco de exclusão do regime.
Por que a regularização é importante?
De acordo com Fabio Firmino, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de PE (CRCPE), manter as obrigações fiscais em dia é fundamental para garantir a conformidade legal da empresa e a continuidade dos benefícios do Simples Nacional.
Embora a exclusão não leve automaticamente ao fechamento do negócio, a inadimplência pode trazer consequências como:
- Multas e juros sobre tributos não pagos;
- Inscrição dos débitos na Dívida Ativa da União, dificultando o acesso a crédito;
- Perda do CNPJ após longo período de inatividade, impedindo a emissão de notas fiscais e o funcionamento legal.
Como regularizar a situação?
A regularização pode ser feita de forma simples pelo Portal do Simples Nacional ou pelo Portal e-CAC da Receita Federal. Além disso, o Portal do Empreendedor disponibiliza orientações detalhadas sobre o procedimento.
O que fazer caso o prazo termine?
Segundo Firmino, ainda é possível resolver a situação após o prazo. O MEI pode quitar os débitos pendentes ou solicitar o parcelamento da dívida. No entanto, a reinclusão no Simples Nacional só poderá ser feita no ano seguinte, dentro do prazo estabelecido pela Receita Federal.
Se o débito já estiver inscrito na Dívida Ativa, o pagamento deve ser efetuado via Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
“O não cumprimento do prazo pode resultar em aumento da carga tributária e maior burocracia, exigindo um novo planejamento fiscal para evitar dificuldades financeiras”, alerta o contador.