Brasil lança plataforma para preservar a memória da Covid-19

A plataforma foi apresentada em evento na Unifesp, em São Paulo, cidade onde ocorreu a primeira morte pela doença no país

Publicado em 14/03/2025 às 10:40
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Cinco anos após a primeira morte por Covid-19 no Brasil, o país ganha um espaço digital inédito para documentar a gestão da pandemia e seus impactos sociais.

O Acervo da Pandemia, lançado nesta quarta-feira (13), foi desenvolvido pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (SoU_Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e reúne documentos, vídeos, áudios e reportagens sobre o período.

A plataforma foi apresentada em evento na Unifesp, em São Paulo, cidade onde ocorreu a primeira morte pela doença no país. Com mais de 140 registros já disponíveis e outros 100 em análise, o acervo busca preservar a memória coletiva e analisar as decisões políticas tomadas durante a crise sanitária.

Entre os temas abordados, estão a vacinação, o negacionismo, a gestão federal da pandemia e a produção científica do período. O projeto destaca ainda o papel do governo Bolsonaro na condução da crise, apontando a influência da desinformação e das políticas adotadas na disseminação do vírus.

Para a professora Soraya Smaili, coordenadora do SoU_Ciência, o Acervo da Pandemia “não é apenas um repositório de documentos, mas um testemunho do que ocorreu no Brasil durante um dos períodos mais críticos da história recente”.

Segundo ela, o objetivo é fornecer material para pesquisadores, jornalistas e formuladores de políticas públicas.

O acesso à plataforma é gratuito e aberto ao público. Além disso, a iniciativa convida cidadãos e especialistas a contribuírem com novos documentos e relatos que possam enriquecer o acervo.

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