Polícia investiga agressão a menina autista de 12 anos em escola pública de Goiana

Agressão teria ocorrido no intervalo escolar e envolvido quatro alunas; vítima foi hospitalizada com escoriações e perdeu consciência após pancadas

Publicado em 07/04/2025 às 16:41 | Atualizado em 07/04/2025 às 17:32
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A Polícia Civil está investigando um suposto caso de agressão contra uma adolescente de 12 anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que teria ocorrido dentro da Escola Estadual Coronel José Pinto de Abreu, no município de Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco. O caso foi registrado na última quarta-feira (2), justamente no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.

De acordo com a mãe da menina, a agressão teria ocorrido durante o intervalo escolar e envolvido outras quatro alunas. A vítima foi socorrida à Urgência Traumatológica do Hospital Belarmino Correia com sinais de contusão na face e escoriações. Segundo o prontuário médico, ela chegou a perder a consciência e precisou ser mantida em observação devido às pancadas sofridas na cabeça.

A mãe registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Goiana e também acionou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Defensoria Pública, pedindo providências e responsabilização por parte do Estado.

A adolescente, que além do TEA possui diagnóstico de retardo mental e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), passou por exame de corpo de delito.

Investigação em andamento

A Polícia Civil confirmou a abertura de inquérito para apurar o caso. “A Delegacia de Goiana está investigando a ocorrência de lesão corporal. As diligências seguem até o completo esclarecimento dos fatos”, diz a nota oficial da corporação.

Posicionamento da Secretaria de Educação

Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) afirmou que a direção da escola agiu para conter o conflito e acionou o Conselho Tutelar e a Patrulha Escolar, conforme protocolo adotado em situações de violência no ambiente escolar. A pasta informou ainda que nenhuma das alunas envolvidas precisou de atendimento emergencial.

A SEE-PE também declarou que a estudante em questão é acompanhada pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) devido a quadros de TDAH e Déficit Cognitivo, mas que, até o momento, não havia sido apresentado à escola um laudo que atestasse oficialmente o diagnóstico de TEA.

Segundo a Secretaria, o AEE está em articulação com a família para garantir o retorno da estudante em um ambiente seguro, além de desenvolver estratégias pedagógicas para que não haja prejuízo no processo de aprendizagem da adolescente.

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