Polícia resgata mãe e filho em cárcere privado no bairro do Cabanga, no Recife
Suspeito de praticar o crime é o marido da vítima, que também é pai da criança. Ele também praticava violência física e psicológica.

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Com informações de Waldson Balbino, da TV Jornal
A Polícia Militar de Pernambuco resgatou uma mulher e o filho dela, de 3 anos, que estavam sendo mantidos em cárcere privado e sofriam violência física e psicológica no bairro do Cabanga, no Recife. O suspeito de praticar os crimes é o marido da vítima, que também é pai da criança.
A libertação aconteceu na quarta-feira (16), e foi divulgada pela PM na última quinta (17). De acordo com a corporação, as equipes de resgate chegaram até a vítima após receber denúncias anônimas feitas por vizinhos.
Os agentes fizeram campanha no local e acompanharam a dinâmica da casa, antes de realizar a investida. Eles receberam mensagens anônimas relatando gritos de socorro, ameaças de homicídio e suicídio, além de choro da criança e da mãe.
Ao chegarem no local, as equipes encontraram as vítimas em estado de choque. O resgate foi feito pela Patrulha Maria da Penha, pelo Grupo de Apoio Tático Itinerante do 16º BPM e pelo Grupo de Apoio Tático Itinerante do 16º BPM.
As vítimas foram levadas para a Delegacia da Mulher, no bairro do Rosarinho, no Recife, onde passaram pelo procedimento de acolhimento. Em seguida, foram transferidas para um abrigo temporário, onde ficarão até serem transferidas para outro estado, onde encontrarão familiares.
A mulher convivia com o suspeito há cerca de 5 anos e nunca havia feito uma denúncia porque ele impedia o acesso dela a celulares e outros meios de comunicação externa.
"Houve muita conversa com a vítima após o resgate porque o estado psicológico dela não a deixava capaz de discernir a situação em que ela se encontrava", contou a tenente Viviane Calado, do 16º BPM.
O suspeito não teve a identidade revelada. Ele não estava na residência no momento da abordagem e está sendo procurado pela polícia.
Patrulha Maria da Penha
De acordo com a tenente Viviane Calado, o resgate foi feito pela chamada Patrulha Maria da Penha, que são equipes especializadas no acompanhamento de denúncias de violência contra a mulher.
Essas guarnições acompanham vítimas que fazem denúncias desse tipo de violência e realizam rondas regulares, para evitar que agressores se aproximem dessa mulheres ou descumpram medidas de proteção, por exemplo.
"Qualquer mulher que se sinta ameaçada e esteja sendo agredida, ela pode procurar a Delegacia da Mulher e fazer um boletim de ocorrência. Esse B.O vai para a Justiça e a Justiça determinará que o batalhão, por meio da Patrulha Maria da Penha, acompanhe essa vítima. Esse acompanhamento mais ostensivo vai fazer com que a mulher se sinta mais segura", afirmou a policial.
As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pelo número 180, da Central de Atendimento à Mulher. A ligação é gratuita e funciona 24 horas por dia.