Mulher é agredida em Boa viagem por barraqueiro após disputa por espaço na areia

A mulher trabalha no local há 39 anos, mas conta que há seis anos vem enfrentando dificuldades com outro trabalhador do local

Publicado em 12/05/2025 às 22:35
Google News

Clique aqui e escute a matéria

Uma mulher, que trabalha na Orla de Boa Viagem, foi espancada por um dos barraqueiros após uma disputa por espaço na areia da praia, na última sexta-feira (9).

A vítima, Elisângela Marques, teve um braço quebrado e diversos machucados no rosto e corpo. A mulher trabalha no local há 39 anos, mas conta que há seis anos vem enfrentando dificuldades com outro trabalhador do local.

"Ele quer mandar na praia e ele quer ser o dono, quer que eu saia de lá de qualquer forma", afirma a vítima.

A violência aconteceu já no final do expediente. Ela foi atacada de costas e o agressor mordeu um homem que tentou conter a situação.

"Ele ainda agrediu o rapaz. Mordeu o rapaz na perna. Algumas pessoas que trabalham no quiosque ao lado da minha barraca vieram ao meu socorro, para me dar água, gelo para aliviar", disse Elisângela.

"Fiquei sangrando muito, meio inconsciente, mas minha preocupação maior é com minha filha, porque minha filha também é uma criança especial e estava lá e presenciou tudo e também foi ameaçada por ele", contou.

A vítima ainda conta que o homem estava acompanhado por amigos e familiares, mas nenhum ajudou a conter.

"A mãe dele estava lá assistindo tudinho, tinha alguns amigos dele que também estava lá e não interviram, e o companheiro dele, que tentou até impedir que o rapaz tirasse ele de cima de mim", disse.

O caso foi registrado na delegacia de Boa Viagem, que tem outros b.o.s de Elisângela contra o homem, entre eles lesão corporal, ameaça, injúria, roubo, dano e depredação. 

"Eu vou ficar limitada, até mesmo o psicológico, porque enquanto eu souber que ele está por ali não tem paz, não tem sossego", disse a vítima.

A vítima conta que o agressor foi liberado da delegacia após a família alegar que ele é esquizofrênico. Ela pede apoio aos órgãos público para trabalhar com segurança.

"No momento do IML, a mãe dele apresentou documentos dizendo que ele tem problemas mentais, esquizofrenia, que ele não podia responder por ele. Então, alguém que responde por ele tem que internar", concluiu. 

A vítima buscou a Regional Dircon, Diretoria Executiva de Controle Urbano, para que seja analisada a licença do agressor.

Tags

Autor