Ambulantes fazem novo protesto em Afogados
Grupo interditou via nos dois sentidos e reclama de espaço alternativo oferecido pela Prefeitura do Recife, alegando baixo movimento de clientes

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*Com informações do repórter Emerson Pereira
Comerciantes ambulantes realizaram um novo protesto nesta terça-feira (17), na Estrada dos Remédios, no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife, nas imediações da feira, próximo a estação de metrô.
O grupo interditou a via nos dois sentidos. São 14 trabalhadores que vendem produtos alimentícios e que afirmam ter sido retirados do trecho da calçada onde costumavam atuar, próximo a um estabelecimento comercial.
Segundo os manifestantes, a Prefeitura do Recife proibiu o retorno das atividades naquele espaço.
"Eu trabalho há seis anos aqui. Tem gente que trabalha há trinta. De repente, fomos retirados e colocados do outro lado, que está totalmente fechado", disse o comerciante Marinho, um dos organizadores do ato.
Espaço alternativo é alvo de críticas
De acordo com os manifestantes, há cerca de dez anos, eles foram transferidos para um espaço construído pela própria Prefeitura. No entanto, segundo os comerciantes, o local não atrai o mesmo volume de clientes.
"Ela colocou a gente num buraco, comprou um terreno e colocou a gente lá. Não tem uma placa sequer pra sinalizar que ali é uma feira. Há mais de dez anos ninguém entra ali, só os mosquitos", afirmou a comerciante Rafaeli, que trabalha na feira há 16 anos.
Este já foi o segundo protesto realizado pelo grupo nesta semana. O primeiro foi nesta segunda-feira (16). Ainda na segunda, os trabalhadores participaram de uma reunião com representantes da Prefeitura do Recife. No entanto, segundo os relatos, não houve acordo para resolver o impasse.
O que diz a Prefeitura do Recife
Em nota, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon), informou que os comerciantes removidos do local "possuem bancas dentro do Mercado de Afogados" e que, mesmo assim, estariam ocupando irregularmente a via pública, o que impactaria o trânsito de veículos e a passagem de pedestres.
As bancas mencionadas são os espaços que os comerciantes alegam ter pouco movimento de clientes.
A secretaria também apontou que foi constatado o uso irregular de energia elétrica para alimentar freezers no local e que os comerciantes teriam sido previamente notificados sobre a necessidade de desocupação.
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