Merendeira denuncia humilhações e injúria racial em escola estadual no Cabo de Santo Agostinho
Trabalhadora relata que foi alvo de xingamentos e palavras ofensivas por parte da gestora da unidade; caso está sendo investigado pela polícia

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*Com informações do repórter Emerson Pereira
Após sete anos atuando como merendeira na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Senador Francisco Pessoa de Queiroz, localizada no bairro da Cohab, em Cabo de Santo Agostinho, a trabalhadora Cristiane Gomes afirma ter enfrentado repetidas situações de humilhação e desrespeito por parte da direção da unidade escolar.
Segundo ela, as ofensas partiam diretamente da gestora da escola e ocorriam de forma recorrente ao longo dos anos.
"Sempre agredia a gente com palavras. dizia que a gente trabalha na senzala. Eu passei até um tempo afastada pois não estava aguentando. fiquei sabendo através de um aluno que ela nos chamou de 'macaca da cozinha'", relatou a merendeira em entrevista à TV Jornal.
Áudios atribuídos à direção agravaram o caso
A situação ganhou novos contornos após o suposto vazamento de áudios atribuídos a um grupo da gestão escolar. Segundo Cristiane, a voz nas gravações seria da própria diretora da escola, que aparece xingando funcionárias da cozinha.
"Eu afirmo que sim, é a voz dela", garantiu a merendeira ao ser questionada sobre a origem do áudio.
Denúncia formal e ação judicial
Diante dos episódios, Cristiane registrou boletim de ocorrência na Delegacia do Cabo de Santo Agostinho, solicitando que o caso seja investigado pela Polícia Civil. Além da denúncia criminal, a defesa da merendeira também recorreu à Justiça do Trabalho.
"Vai configurar a injúria racial. e na vara trabalhista entramos com a recsissão indireta para mostrar a falta grave do empregador, por conta do assédio moral que ela sofria", afirmou a advogada Tatiane Ferreira, que representa a trabalhadora.
O caso está sob apuração policial e também deve ter desdobramentos na esfera cível e trabalhista. A Secretaria de Educação de Pernambuco foi procurada pela reportagem, e afirmou que ainda não foi notificada oficialmente sobre o caso e está aguardando a formalização da denúncia para que possa avaliar administrativamente.
Em nota, a Secretaria também afirmou que a gestora da escola será convidada para prestar esclarecimento e será previamente afastada.
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