Advogado revela versão do companheiro de mulher que morreu após naufrágio em Suape

De acordo com o advogado do médico, Ademar Rigueira, Seráfico conhecia a região onde estava velejando e tinha uma experiência naútica de anos

Publicado em 27/06/2025 às 20:20 | Atualizado em 27/06/2025 às 20:33
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O advogado do médico Seráfico Pereira Cabral Junior, companheiro da advogada Maria Eduarda, afirmou nesta sexta-feira (27), em entrevista à TV Jornal, que o médico possui décadas de experiência com veleiros.

O caso aconteceu no último sábado (21), na Praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho. O corpo da vítima só foi encontrado três dias depois e ainda não há confirmação sobre a causa da morte.

De acordo com o advogado do médico, Ademar Rigueira, Seráfico conhecia a região onde estava velejando e tinha experiência naútica.

"O barco hoje não pertencia mais a ele, pertencia ao condomínio. A família dele fez uma doação para o condomínio, mas é um barco que eles têm há mais de 30 anos, é um pequeno barco. Ele tem experiência náutica, ele faz surfe a vela", contou o advogado.

Além disso, o advogado também frisou que para conduzir esse tipo de embarcação, não é necessário habilitação.

"Para esse tipo de embarcação que ele estava não é necessário habilitação, o próprio regulamento náutico não exige essa para fazer aqui, principalmente em regiões protegidas, como é que eles estavam", continuou.

O barco não possuia coletes salva-vidas e nem os mesmos utilizavam. De acordo com o advogado houve um registro de barco à deriva mas o socorro não chegou.

O advogado conta que Maria Eduarda e Seráfico nadaram com a cadela do casal, que não foi localizada até o momento, por cerca de duas horas até os diques de Suape, mas o médico foi jogado contra as pedras e não viu mais a companheira.

"Ele tentou se agarrar, a maré jogou novamente ele nas pedras e nesse momento aí foi quando ele perdeu o contato com ela e não mais a via. Conseguiu ser resgatado ali no dique, uma pessoa ajudou e eles ficaram o tempo todo gritando por ela e aí não mais viram", contou.

"Ele não viu nem se ela é efetivamente chegou a bater nas pedras ou se a maré levou. Mas até esse ponto ela estava bem, estava conversando com ele"

Busca e apreensão

Nesta terça-feira (24), a polícia realizou um mandado de busca e apreensão na casa do médico, que fica no bairro da Jaqueira, Zona Norte do Recife. A Polícia recolheu celuares, computador e outros aparelhos.

O depoimento do médico deve ocorrer na próxima semana.

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