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Corpo de artesã que estava desaparecida no Cabo é encontrado com marcas de tiro em mata na zona rural
Ana Cristina teria sido sequestrada na última quinta-feira na praia de Gaibu, onde trabalhava. Crime foi registrado como homicídio consumado.
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O corpo de uma mulher de 39 anos, identificada como Ana Cristina, foi encontrado neste domingo (6) numa região conhecida como Mata do Tiriri, na zona rural do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.
A vítima, conhecida pelos amigos como "Pimentinha", era artesã e tinha uma barraca de artesanato na praia de Gaibu, no mesmo município. Ela teria sido sequestrada na última quinta-feira (3) por homens encapuzados e armados que a colocaram em um carro branco.
Segundo testemunhas, o sequestro teria acontecido à luz do dia, na praia onde a mulher trabalhava. Ana Cristina estava desaparecida desde então.
A Polícia Militar de Pernambuco informou que foi acionada para averiguar o aparecimento de um cadáver na zona rural do Cabo e, ao chegar no local, agentes do 18º BPM isolaram a área até a chegada dos órgãos competentes.
O corpo foi encontrado em estado de putrefação, apresentando ferimentos provocados por arma de fogo. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, havia o registro de "pessoa desaparecida" em relação a Ana Cristina.
A corporação informou que o caso foi registrado pela Força Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Sul como homicídio consumado, e que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias e identificar os autores do crime. Ninguém foi preso até o momento.
Violência em Pernambuco
Pernambuco registrou 1.619 mortes violentas intencionais nos seis primeiros meses de 2025. Deste total, 476 foram registradas na Região Metropolitana do Recife. 84 ocorreram no Cabo de Santo Agostinho, onde Ana Cristina foi encontrada morta.
No final do mês de junho, o prefeito do Cabo, Lula Cabral (Solidariedade), pediu à governadora Raquel Lyra (PSD) que pedisse ao governo federal o envio da Força Nacional de Segurança ao município, declarando haver necessidade de reforço na segurança da cidade.
A governadora Raquel Lyra negou o pedido, apontando queda na violência na cidade e afirmando que as forças policiais de Pernambuco têm condição de enfrentar a criminalidade.