Comerciante é agredido por guardas municipais no Cabo de Santo Agostinho
De acordo com imagens registradas pela família da vítima, os agentes estavam sem identificação durante a abordagem e agiram com truculêcia

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Um comeciante, na noite da última sexta-feira (11), foi agredido com diversos disparos de arma de choque por policiais da guarda municipal do Cabo de Santo Agostinho.
De acordo com imagens registradas pela família da vítima, os agentes estavam sem identificação durante a abordagem e agiram com truculêcia.
Como aconteceu?
A situação ocorreu na porta da casa da família, que também funciona como um comércio de espetinhos e caldinhos. A vítima, que é marido da dona do estabelecimento, estava varrendo a calçada no fim das vendas.
Ele foi surpreendido por pelo menos seis homens em dois veículos, que segundo ele, não estavam identificados, inciando a confusão.
O homem sofre de diabetes e linfagite, que acomete uma de susas pernas a um inchaço, e conta que alem dos disparos de choque, os homens ainda chutaram suas pernas.
"Eles chutaram nessa perna, que como essa é boa eu não sentia nada, mas a partir do momento que ele chutou essa daqui (perna inchada) foi quando eu caí a primeira vez, aí consegui me levantar depois eles chutaram de novo, essa de novo, aí eu caí de novo", contou.
Ele ainda conta mais detalhes da truculência.
"Quando eu estava sentado na em frente à porta do carro assim sentado e ele falou teve um que falou assim se ele reagir atira de novo aí quando ele pegou meu braço assim que eu puxei ele foi atirou de novo aquela arma de choque", continuou.
Os guardas afirmaram que a ação era fruto de uma recomendação do Ministério Público de Pernambuco, que teria recebido denúncia sobre som alto, provocado por estabelecimentos comerciais que ficam perto de residências, entretanto o comerciante nega que o som fique ligado.
Outros episódios
De acordo com informações, a guarda municipal tem um histórico de abordagens truculentas.
"Então foi uma ação totalmente desastrosa, descoordenada, a gente vê que o prefeito fala sempre que a violência está alta no cabo e ele está usando a guarda para finalidade que não devia, que é estar realmente oprimindo comerciante, trabalhador de bem", o sargento Almeida policial militar e hoje vereador na cidade.
"Pega essa mesma guarda que usou essa truculência, essa forma agressiva, bota na comunidade para pegar bandido. Contra o comerciante foi feito um TCO por ameaça, desobediência e lesão corporal, mas ele também registrou uma queixa contra os guardas e está formalizando a denúncia na corredoria do próprio município", contou.
O comerciante ainda contou que durante os depoimentos, os seis agentes prestaram juntos, ao invés de cada um de maneira isolada.