Influenciadores são alvo de operação por esquema ilegal de rifas

A operação tem como meta desarticular uma rede criminosa que promove jogos de azar, associação criminosa e lavagem de dinheiro

Publicado em 01/11/2024 às 10:55

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro lançou, nesta sexta-feira (1º), a Operação Rifa Limpa, visando desmantelar uma rede de influenciadores digitais envolvidos em sorteios ilegais de rifas nas redes sociais.

Durante a ação, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, direcionados a influenciadores e seus colaboradores, todos suspeitos de fazer parte de uma organização criminosa que promovia esses sorteios ilegais e práticas de lavagem de dinheiro.

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio, há indícios de que os suspeitos estejam também ligados a atividades de lavagem de dinheiro. “O objetivo da operação é apreender documentos que comprovem fraudes nos processos de realização das rifas e nos bens sorteados aos supostos ganhadores”, informou a secretaria em comunicado. 

Entre os alvos da operação está Vivi Noronha, esposa do cantor MC Poze. A Operação Rifa Limpa tem como meta desarticular uma rede criminosa que promove jogos de azar, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com influenciadores digitais liderando a iniciativa.

Agentes da Delegacia de Defraudações (DDEF) estão à frente dos mandados.

Em nota, a Polícia Civil ressaltou que a ação busca reunir provas da ilegalidade dos sorteios, enfatizando que “o objetivo é apreender documentos que comprovem fraudes nos processos de realização das rifas e nos bens sorteados aos supostos ganhadores”.

Além de Vivi Noronha, outros investigados incluem o empresário Jonathan Costa, o cirurgião plástico equatoriano já preso, o influenciador Roger Rodrigues dos Santos, conhecido como Roginho Dú Ouro, Jonathan Luis Chaves Costa, o Jon Jon, e Leandro Medeiros, o Lacraia.

As investigações revelaram que os influenciadores, por meio de postagens nas redes sociais, buscavam lucros ilícitos às custas de um grande número de pessoas, utilizando métodos fraudulentos.

“Os sorteios são baseados em parâmetros da Loteria Federal, criando uma falsa impressão de legitimidade e segurança. No entanto, não há auditoria oficial para verificar os verdadeiros ganhadores. Os agentes também descobriram que os envolvidos usam um aplicativo personalizado, que levanta sérias suspeitas de fraude e está em desacordo com a legislação vigente”, destacaram.

Vale ressaltar que a realização de rifas requer autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), vinculada ao Ministério da Fazenda. Apenas instituições sem fins lucrativos podem promover esses sorteios. A nota da secretaria não divulga os nomes dos alvos da operação nem os locais onde foram cumpridos os mandados.

 

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